As maiores criptomoedas andam de lado nesta sexta-feira (4), enquanto os contratos futuros das bolsas em Nova York apontam para uma abertura com ganhos à espera do relatório do mercado de trabalho nos EUA, que pode dar pistas sobre o rumo dos juros na maior economia do mundo.
O Bitcoin (BTC) mostra estabilidade nas últimas 24 horas, cotado a US$ 29.172,59, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC avança 2%, para R$ 143.670,29, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) opera em leve alta de 0,2%, negociado a US$ 1.836,30.
As altcoins vão em direções opostas, com destaque para BNB (+1%), XRP (-0,3%), Dogecoin (+1,5%), Cardano (-0,4%), Solana (+0,9%), Polkadot (-0,5%), Polygon (-1,1%) e Avalanche (-0,0%).
Shiba Inu ganha 4,6% nas últimas 24 horas, após anunciar que irá vincular identidades digitais baseadas em blockchain a todas as aplicações, disseram representantes ao CoinDesk.
Bitcoin hoje
Nesta sexta-feira, traders de ações e de criptomoedas ficam atentos ao relatório do mercado de trabalho americano. Pesquisa da Bloomberg com economistas indica a criação de 200 mil empregos em julho, o que seria o ritmo mais fraco desde o fim de 2020, mas ainda um número forte na série histórica.
Caso os dados venham acima das expectativas, isso pode reforçar as apostas em mais aumentos de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Além do cenário macroeconômico, o mercado ainda acompanha o impacto da invasão de hackers à plataforma de finanças descentralizadas Curve, que causou um prejuízo de US$ 52 milhões e derrubou tokens DeFi.
A Curve Finance e outras vítimas da invasão ofereceram os hackers uma recompensa de 10% em troca do retorno do restante de seus tokens, de acordo com o CoinDesk.
“Vocês não correrão nenhum risco de levarmos isso adiante, nenhum risco de problemas com a aplicação da lei etc.”, escreveram Curve, Metronome e Alchemix em uma mensagem on-chain enviada ao endereço Ethereum de um hacker. O trio deu um prazo até 6 de agosto, momento em que a recompensa poderá ser paga a qualquer pessoa que fornecer informações que levem à prisão e condenação do invasor.
Revolut fora dos EUA
A Revolut, uma das maiorers fintechs do mundo, com sede no Reino Unido, anunciou a suspensão de seus serviços de criptomoedas nos Estados Unidos.
Essa decisão, influenciada pelo cenário regulatório e pelas incertezas em torno do mercado de criptomoedas nos EUA, deve entrar em vigor em 2 de setembro de 2023. A partir desta data, os clientes dos EUA não poderão mais fazer pedidos de compra de criptomoedas na plataforma Revolut.
Essa mudança será seguida por uma restrição mais abrangente a partir de 3 de outubro de 2023. Nesse ponto, o acesso a criptomoedas por meio da plataforma será totalmente desativado para clientes dos EUA. Como resultado, eles não poderão mais comprar, vender ou manter nenhuma criptomoeda.
“Como resultado da evolução do ambiente regulatório e das incertezas que cercam o mercado de criptomoedas nos EUA, tomamos a difícil decisão, junto com nosso parceiro bancário dos EUA, de suspender o acesso a criptomoedas por meio da Revolut nos EUA.”, porta-voz para Revolut disse Decrypt. “Esta decisão não foi tomada de ânimo leve e entendemos a decepção que isso pode causar.”
Todos os clientes cripto nos EUA receberam um e-mail da Revolut informando-os sobre esta decisão. “Lamentamos informar que fecharemos nossa plataforma de criptomoedas nos EUA”, dizia uma cópia do e-mail vista pelo Decrypt.
Lançamento da blockchain da Coinbase
A Coinbase, maior exchange cripto dos EUA de capital aberto, anunciou que a Base, sua blockchain de segunda camada, será aberta ao público em 9 de agosto, informou o CoinDesk.
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A Base foi lançada para desenvolvedores em julho para testes de aplicativos na nova rede. A partir de quinta-feira, os usuários poderão conectar seus ETHs à Base, escreveu a Coinbase em uma postagem no blog da empresa.
A corretora americana também divulgou balanço na quinta-feira (3), com resultados que ficaram acima das estimativas de analistas, apesar do prejuízo de US$ 97 milhões no segundo trimestre e queda do volume de trading, de acordo com dados publicados pela Reuters.
Em batalha com a SEC, a CVM dos EUA, a Coinbase disse que está confiante na vitória para provar que não negocia valores mobiliários.
Enquanto isso, Changpeng “CZ” Zhao, CEO da rival Binance, também sob escrutínio regulatório e enfrentando uma série de processos, disse que a maior exchange cripto do mundo conta com 150 milhões de usuários registrados.
Em meio às acusações de lavagem de dinheiro, a Binance também contratou uma nova executiva de compliance, Kristen Hecht.
Justiça dos EUA aperta cerco contra fundador da FTX
E o Departamento de Justiça dos EUA voltou a apertar o cerco contra Sam Bankman-Fried (SBF), fundador da FTX, corretora cripto que colapsou em novembro passado.
Em novo documento judicial publicado na quinta-feira, o DoJ disse que, como SBF não negou ter fornecido os diários de Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, ao jornal New York Times, deve perder o direito de permanecer em prisão domiciliar e ir para a cadeia. A Alameda era o braço de trading da FTX.
Para a Justiça americana, Bankman-Fried estava tentando intimidar testemunhas para seu julgamento, agendado para outubro.
O New York Times rejeitou as restrições impostas pelo DoJ sobre o acesso a informações prestadas por testemunhas, em defesa do direito dos meios de comunicação de obter dados sobre o colapso da corretora.
E em um novo capítulo sobre o caso FTX, um relatório revelou que bots do Twitter, que agora se chama X, ajudaram a impulsionar tokens listados pela Alameda.
Outros destaques das criptomoedas
E a rede social X está em busca de um provedor de dados financeiros para criar uma plataforma de trading no aplicativo, segundo informações do site Semafor, que citou pessoas com conhecimento do assunto.
Os planos com o pedido, ao qual o Semafor teve acesso, foram enviados a grandes provedores nas últimas semanas com propostas de conteúdo financeiro, dados de ações em tempo real e outras ferramentas, de acordo com a reportagem.
Elon Musk, dono da rede social, já havia anunciado a intenção de criar um superaplicativo semelhante ao WeChat da China. Após a publicação do artigo, Musk tuitou: “Nenhum trabalho está sendo feito sobre isso, pelo que sei”. Uma parceria do antigo Twitter com a plataforma eToro para a compra e venda de ações e, possivelmente cripto, com um clique ainda não se materializou, destacou o Semafor.
Brave, um navegador compatível com cripto e com foco em privacidade, anunciou na quinta-feira (3) o lançamento de sua mais recente ferramenta: um recurso personalizado de busca de imagens e vídeos que não depende do Google ou do Bing, da Microsoft, informou o Decrypt.
O Brave diz que os resultados agora fornecerão apenas imagens e vídeos de seu próprio índice, eliminando a necessidade de os usuários escolherem entre o Bing ou o Google para tais ativos ao usar o navegador. “Sempre foi nossa intenção sermos 100% independentes das Big Tech, mas construímos isso em etapas”, disse diretor de buscas do Brave, Josep Pujol.
No mercado de tokens não fungíveis (NFTs), as vendas seguiram em queda no mês de julho, com recuo de 23% na comparação mensal, enquanto o volume de trading caiu 29%. De janeiro a julho, os números foram ainda piores: as vendas encolheram 49%, para 3,7 milhões de NFTs, mostram dados da DappRadar.
Enquanto isso, contratos inteligentes ainda dão fôlego ao mercado de web3, com 5,9 milhões dos chamados “smart contracts” implantados em redes compatíveis com a Máquina Virtual do Ethereum (EVM) no segundo trimestre, um salto de 1.107% em relação ao mesmo período de 2022, conforme o Web3 Development Report da plataforma Alchemy.
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