Imagem da matéria: Blaze rebate críticas: "Temos o direito de remover saldos obtidos com bônus"
Cassino onloine Blaze virou febre no Brasil (Foto: Shutterstock)

A Blaze publicou nesta terça-feira (20) um longo comunicado falando sobre as polêmicas que envolvem o cassino online e têm movimentado a internet brasileira nas últimas semanas.

A empresa afirma que não existe um esquema na qual influencers ganham por cada perda de cliente, garante não impede os clientes de sacarem – apesar de depoimentos contrários de usuários – e que não irá informar quem são os proprietários da empresa, por questões de segurança. 

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Segundo a empresa, os clientes não são impedidos de sacar, mas ressalta que existem vários poréns para essa regra. Um dos pontos onde não é possível saque é o lucro proveniente de apostas feitas com valores dos bônus que a plataforma dá para atrair usuários. 

Em seu vídeo de defesa do cassino, Felipe Neto afirma que os ganhos vindos de jogos desse tipo – não possíveis de serem sacados – têm como objetivo fazer a pessoa conhecer melhor a plataforma. 

Já a Blaze afirma que, como esses bônus são gratuitos, é necessário acrescentar regras para que não sejam utilizados de forma abusiva. “As regras em vigor garantem que podemos continuar a oferecer bônus aos nossos clientes e, consequentemente, proporcionar-lhes uma melhor experiência. Se as regras forem gravemente violadas, reservamo-nos o direito de remover qualquer saldo obtido com o bônus”, diz a empresa.

Empresa na mira

A Blaze se tornou o grande assunto da internet brasileira no final de maio, após explodir de visualizações um vídeo do youtuber Daniel Penin tentando investigar quem são os donos da Blaze e acusando os influencers de receber por cada perda dos clientes no cassino.

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Felipe Neto tem sido o mais pressionado pela parceria, e o youtuber fez um vídeo dizendo que não age diferente de outras empresas que aceitam patrocínio de casas de aposta e que irá manter o contrato com a Blaze até uma fraude ser comprovada.

Já existem pelo menos 15 processo judiciais de brasileiros acusando o cassino de roubo. Isso é demontrado em reportagem do Portal do Bitcoin feita em parceria com a rede global de jornalistas que investigam crimes transnacionais OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project).

Repasses para influencers com perdas de clientes não ocorrem, diz empresa

Sobre a acusação do youtuber Daniel Penin de que os influencers ganham por cada perda de cliente, a Blaze afirma que “não paga qualquer forma de comissão ou compartilha receitas com os influenciadores por quaisquer perdas incorridas por usuários que tenham encaminhado para a nossa plataforma”. 

A empresa afirma estar registrada em Curaçao, país do Caribe, e que segue todas as leis do país caribenho. A Blaze nega ter qualquer empresa registrada em Delaware, nos Estados Unidos, como foi cogitado por Penin.

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Sobre ter uma presença oficial no Brasil, afirma: “A empresa pretende constituir uma empresa brasileira assim que o arcabouço jurídico brasileiro seja finalizado e licenças locais estejam disponíveis”.

Outro tópico abordado são as acusações de manipulação de resultados. Mais especificamente, que a Blaze faz o cliente ganhar no início para ganhar confiança e depois o faz ter várias derrotas. 

“A Blaze.com contrata fornecedores de jogos de renome, como a Evolution Gaming e a Pragmatic Play. Esses fornecedores são líderes do setor, bem-conceituados pelo seu compromisso com a integridade e o jogo justo. Fornecem jogos a muitas das plataformas de jogo online mais populares do mundo, incluindo a Blaze.com”, diz. 

Reclame Aqui

No comunicado, a Blaze também fala sobre as milhares de queixas não respondidas no site Reclame Aqui. A empresa afirma que tem 250 funcionários de suporte que falam português para atender a demanda e que seu chat de atendimento funciona 24 horas, sete dias por semana. 

A Blaze faz tempo que parou de responder no Reclame Aqui, mas nesse comunicado a empresa afirma que irá voltar a atender todos os clientes que se manifestarem por lá. 

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Reportagem do Portal do Bitcoin no final do ano passado mostrava que as queixas no Reclame Aqui já eram de grande porte.

“Reconhecemos o valor e a importância de plataformas como o Reclame Aqui, que oferecem outro canal para que os clientes expressem suas preocupações e forneçam feedback. Entendemos que muitos clientes acham que é uma maneira conveniente de se comunicar e é nossa responsabilidade garantir que estejamos disponíveis onde nossos clientes precisam de nós. Com isto em mente, estamos tomando medidas imediatas para garantir uma maior capacidade de resposta às queixas e dúvidas levantadas no Reclame Aqui”, afirma. 

Um acesso no perfil da Blaze no Reclame Aqui nesta terça-feira (20) mostra que a empresa voltou a responder os clientes na plataforma.

O dono da Blaze 

Sobre a polêmica de quem são os donos da Blaze, a empresa afirma que não irá revelar isso por questões de segurança. 

“Não há qualquer intenção de manter sigilo sobre os proprietários da Blaze, mas nas atuais circunstâncias que ditaram a emissão desta declaração e com base na orientação de especialistas em segurança, não é considerado seguro divulgar os nomes de qualquer acionista individual da Blaze.com neste momento”, afirma.

Dono do domínio no Brasil

O dono do domínio blaze.com.br, que redireciona a pessoa para o site oficial do cassino, é o brasileiro Erick Loth Teixeira.

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O Portal do Bitcoin entrou em contato via e-mail, e Teixeira se pronunciou: “Informo que não sou dono da Blaze. Apenas fui contratado pela Blaze, da mesma forma que acontece com os influencers, com a função de acompanhar desempenho de publicidade”.

Teixeira afirma que está sendo ameaçado por sua ligação com a Blaze.

“Me pediram para colocar o domínio em meu nome e não vi problema nenhum nisso porque ele só redireciona, não recebo nada por esse redirecionamento. Estou sendo atacado injustamente por causa de um vídeo publicado que não traz nenhuma verdade, e agora sofro ameaças de vida juntamente com minha família”, continuou na mensagem.

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