O FMI (Fundo Monetário Internacional) marca presença no intenso debate global sobre as criptomoedas. Na última edição de sua revista, a foto de capa trouxe o Bitcoin como se fosse a evolução do dinheiro. Nos textos internos, a entidade defendeu que os governos e demais formuladores de políticas criem mecanismos para sua regulamentação, em vez de simplesmente ignorá-las ou sufocá-las.
Em artigo na revista do FMI, a diretora-geral Christine Lagarde comparou as criptomoedas e fintechs com a invenção do telefone por Alexander Graham Bell, no século XIX – vista com desconfiança no início, mas que depois se consolidou como uma das grandes invenções da humanidade.
A partir dessa anedota, Lagarde defende no artigo que é preciso se proteger dos riscos potenciais trazidos pelas novas tecnologias. No entanto, ao mesmo tempo afirma que o mundo não se feche para as inovações e avanços que elas permitem alcançar.
Christine admite que a tarefa é dura para os formuladores de políticas, mas pontua que é muito melhor encontrar formas de acompanhar de perto as criptomoedas e fintechs do que cometer o erro de ignorá-las.
“Devemos manter uma mente aberta sobre os ativos de criptografia e tecnologia financeira de forma mais ampla, não apenas por causa dos riscos que eles representam, mas também por causa de seu potencial para melhorar nossas vidas”.
Ceticismo e oportunidades
Não é a primeira vez que o FMI se pronuncia a respeito das criptomoedas. Um outro artigo na edição de março da revista do Fundo tratou especificamente das novas moedas digitais, que ao mesmo tempo oferece benefícios e coloca riscos ao sistema atual.
A própria Lagarde disse, em entrevista à CNN em fevereiro deste ano, que a ação reguladora internacional em cima das criptomoedas é inevitável.
Neste mês de junho, o Fundo lançou ainda um relatório chamado Monetary Polícy in the Digital Age, no qual explica que que “os ativos criptográficos podem um dia reduzir a demanda por dinheiro do Banco Central”.
Destacado pelo portal Bitcoin.com, o estudo do FMI observa que a crise financeira global de 2008 renovou o ceticismo para determinados setores, como o financeiro. E ponderou a possibilidade de ativos digitais afetarem as políticas monetárias tradicionais.
Ao mesmo tempo, o estudo sugere que os bancos centrais poderiam criar suas próprias criptomoedas e que há muitos desafios – mas também oportunidades – nesta era digital.
“Eles podem permanecer relevantes ao fornecer unidades de conta mais estáveis do que os ativos criptográficos e tornando o dinheiro do banco central atrativo como um meio de troca na economia digital”, conclui o documento do FMI.
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