O CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, segue incendiando o mercado mundial de criptomoedas. Em uma mensagem no Twitter publicada no início da manhã deste domingo (13), ele colocou a rival Crypto.com sob suspeita.
“Se uma exchange precisar mover grandes quantidades de criptomoeda antes ou depois de demonstrar seus endereços de carteira, é um sinal claro de problemas. Ficar longe. Fique #SAFU”.
Muito pouco indiretamente, o executivo estava comentando sobre o estranho movimento das carteiras da Crypto.com. No sábado (12), um analista revelou que a exchange transferiu 320 mil ethers (cerca de R$ 2 bilhões) para a corretora Gate.io no dia 21 de outubro e, que nos dias seguintes, ‘devolveu’ 285 mil ETHs à exchange.
Na mesma sequência de postagens, o CEO da Crypto.com, Kris Marszalek, respondeu dizendo que se tratava de um erro:
“Era para ser uma mudança para um novo endereço de armazenamento offline, mas foi enviado para um endereço de troca externo dentro da lista de permissões. Trabalhamos com a equipe Gate e os fundos foram posteriormente devolvidos. Novos processos e recursos foram implementados para evitar que isso ocorra novamente”.
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Endereços da Crypto.com e CEO da Binance
Após a falência brutal da FTX, diversas corretoras de criptomoedas abriram os endereços das carteiras com os fundos dos clientes. No dia 11, a Crypto.com postou o endereço. A seguir, os detetives de blockchain se debruçaram sobre os caminhos do dinheiro. No mesmo dia, se descobriu que 20% dos fundos da exchange são compostos por Shiba Inu.
Foi a segunda vez que CZ expôs diretamente um concorrente. A mudança de postura do executivo começou no domingo passado, quando ele avisou publicamente que iria liquidar todos os tokens FTT, da corretora FTX. O processo desencadeou na quebra da corretora dias depois.
Também pelo Twitter, horas antes de disparar contra a Crypto.com, ele comentou que era uma política da empresa não falar sobre a concorrência, mas que ele mudaria um pouco a postura:
“No futuro, quebrarei um pouco essa política e serei mais vocal sobre os problemas que vejo no setor. Pode causar mais ‘debates’ ou mais memes de luta. Mas essa não é minha intenção. É para reduzir o risco. Mesmo que sejam alarmes falsos”.