A Autoridade Monetária de Singapura (ou MAS, na sigla em inglês), o banco central e supervisor financeiro do país, considera acrescentar mais proteções para usuários cripto e dificultar a compra de criptomoedas.
A MAS vai começar a explorar formas de acrescentar obstáculos ao acesso do varejo via testes de compatibilidade para clientes, acesso limite a facilidades de crédito e facilidades de crédito para reduzir investimentos fúteis, de acordo com o diretor-geral da agência, Ravi Menon.
Em participação ao Green Shoots Seminar nesta segunda-feira (29), Menon disse que, apesar de “prévios passos decisivos para mitigar o prejuízo aos consumidores”, muitos consumidores ainda “parecem irracionalmente alheios sobre os riscos da negociação de criptomoedas”.
Ainda assim, uma proibição total “provavelmente não irá funcionar”, explicou Menon, pois a indústria não possui fronteiras e singapurenses podem acessar o mercado “apenas via celular”.
Apesar de a agência continuar promovendo “Singapura como um núcleo fintech [de tecnologia financeira]”, essas ambições não devem atropelar as proteções a clientes. “A inovação e regulamentação não são incapazes de coexistir”, acrescentou.
A MAS também busca o envolvimento de avaliações regulatórias internacionais, a cocriação de diversas medidas para minimizar o prejuízo a investidores e pedir que pessoas tenham cuidado antes de investir.
Em julho, o banco central já queria limitar a participação de investidores, pois Tharman Shanmuharatnam, presidente da MAS, também já previa as regulamentações mencionadas acima.
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“Desde 2017, a MAS alerta consistentemente que criptomoedas não são investimentos adequados para o público do varejo […]. Acontecimentos recentes vividamente demonstraram os riscos, pois preços de diversas criptomoedas caíram drasticamente”, explicou Shanmuharatnam.
Singapura tenta lidar com cripto
Esse está longe de ser o primeiro encontro da cidade-Estado com as criptomoedas.
Em janeiro, a autoridade financeira reprimiu anúncios de criptomoedas, afirmando que empresas “não devem retratar a negociação de DPTs [tokens de pagamentos digitais] de uma forma que trivialize os altos riscos da negociação”.
A MAS também foi uma grande participante na investigação sobre o Three Arrows Capital (ou 3AC), um fundo de hedge cripto que recentemente enviou um pedido de recuperação financeira, acusando a empresa de “fornecer informações falsas” em junho.
O 3AC também foi reprimido por falhar em notificar a agência por mudar “a diretoria e participações de seus diretores”.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.
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