Lupa sobre o logotipo da Coinbase
Shutterstock

A corretora de criptomoedas Coinbase foi alvo de dois processos judiciais distintos na quinta-feira (4). Ambos alega que a empresa fez “declarações falsas e enganosas” sobre a natureza de suas operações.

Cada ação argumenta que investidores sofreram prejuízos por conta da cláusula resolutiva expressa em recuperação judicial no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC, na sigla em inglês) e recentes relatos de que a SEC está investigando a Coinbase por conta de seus serviços de negociação de criptoativos que deveriam ter sido registrados como valores mobiliários.

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O primeiro processo foi aberto pelo escritório de advocacia Bragar Eagel & Squire em um tribunal de Nova Jersey, representando “todas as pessoas e entidades” que adquiriram “valores mobiliários da Coinbase” entre 14 de abril de 2021 e 26 de julho de 2022.

O segundo processo foi aberto em San Diego por Robbins Geller Rudman & Dowd LLP — que se descreve como “um dos escritórios líderes para as ações coletivas mais complexas do mundo” — e abrange o mesmo período de tempo.

Ambos os processos usam os mesmos termos, alegando que a Coinbase “sabia ou ignorou de forma irresponsável” que os criptoativos mantidos não apenas deveriam ser registrados como valores mobiliários, mas também poderiam estar sujeitos a processos falimentares em que os clientes da corretora seriam tratados como credores gerais não assegurados.

Processos contra a Coinbase

A Coinbase revelou que os criptoativos mantidos “podem ser considerados como propriedade de uma massa falida” em seu formulário do tipo “10-Q” — em que são divulgadas informações relevantes sobre os aspectos financeiros de uma empresa como resultado de suas operações comerciais no trimestre — enviado no dia 10 de maio junto com seu relatório de resultados do primeiro trimestre de 2022.

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As duas ações coletivas também se referem ao recente artigo da Bloomberg de que a Coinbase é alvo de uma investigação pela SEC sobre uma suposta listagem de valores mobiliários não registrados, destacando que o preço das ações da corretora caíram em mais de 26% na primeira ocasião e em mais 21% na segunda, gerando um enorme prejuízo a investidores.

A ação da Coinbase caiu 64,59% desde o início do ano. No entanto, disparou em mais de 47% nos últimos cinco dias.

Acordo da BlackRock com a Coinbase

O mais recente acordo com a BlackRock, em que a gestora de US$ 20 trilhões de ativos irá expandir seus serviços de negociação institucional para incluir cripto, fez as ações da Coinbase dispararem para até US$ 106,20 na quinta-feira.

As ações da COIN caíram para US$ 88,90 no fim do pregão de quinta-feira, mas subiram 5% nesta sexta-feira (5) e estão precificadas em US$ 93,48.

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“A Lei de Reforma Privada de Litígio de Valores Mobiliários de 1995 permite que qualquer investidor que comprou ou adquiriu valores mobiliários da Coinbase durante o período mencionado busque coalizão como autor principal”, de acordo com a ação aberta por Robbins Geller Rudman & Dowd.

Bragar Eagel & Squire, por sua vez, convidou aqueles que “compraram ou adquiriram ações da Coinbase e sofreram prejuízos, e sejam um acionista a longo prazo, tenham informações, gostariam de aprender mais sobre essas alegações”, contatassem o escritório.

A Coinbase sempre negou ter listado valores mobiliários em sua plataforma e o diretor jurídico da empresa, Paul Grewal, afirmou, em julho, que a SEC já havia revisado seu processo de listagem. Segundo Grewal, isso garante que valores mobiliários estão fora de sua plataforma.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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