Imagem da matéria: Ethereum 2.0 fica mais perto com nova fusão em rede de testes
(Foto: Shutterstock)

O Ethereum está um passo mais próximo da “Fusão” — a sua tão aguardada migração para uma blockchain proof-of-stake (PoS). Nesta quarta-feira (6), Sepolia, uma de suas redes de teste, realizou sua própria fusão e fez a transição para o PoS.

Uma rede de testes (“testnet”) permite que aqueles que usam uma blockchain testem a nova tecnologia antes que esta seja lançada na rede principal (“mainnet”) ou passe por uma atualização. Isso é bastante importante em redes públicas, como o Ethereum, para que desenvolvedores possam garantir que atualizações funcionem corretamente no futuro e que bilhões de fundos não sejam perdidos.

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Ethereum, a rede blockchain responsável pela segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, está passando por uma mudança do mecanismo de consenso. Isso leva tempo, pois a rede está migrando para uma forma completamente nova de lidar com todo o processo.

Troca de consenso

Atualmente, o Ethereum utiliza o mesmo mecanismo de consenso que o Bitcoin, conhecido como proof-of-work (PoW). Esse padrão envolve a cooperação de participantes da rede, os chamados de mineradores, que utilizam computadores poderosos para solucionar problemas matemáticos para verificar e validar transações, além de garantir a segurança da rede.

Mineradores, por sua vez, recebem recompensas por seu trabalho na forma da criptomoeda nativa da rede — como bitcoin (BTC) ou ether (ETH).

Mas tudo isso não será mais válido quando o Ethereum finalmente migrar para o PoS, que deve tornar a rede bem mais rápida e barata de usar — apesar de críticos afirmarem que poderá torná-la menos descentralizada e, assim, menos segura.

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Em vez de mineradores, redes PoS dependem da coordenação de validadores que autenticam transações e mantêm a rede em funcionamento ao fazer o staking (ou bloqueio) de uma quantidade específica da criptomoeda nativa da rede.

Tal mudança terá um efeito dominó para o ether que, atualmente, possui uma oferta ilimitada, pois enormes quantias do ativo precisam ser bloqueadas para que a rede funcione. Analistas acreditam que isso poderá ter um impacto deflacionário na criptomoeda se a demanda por ETH continuar sendo alta.

Porém, isso dependerá do êxito da fusão.

Desenvolvedores do Ethereum já testaram a fusão em duas redes públicas de teste: Ropsten e Sepolia. O próximo teste acontecerá na rede Goerli. Depois, será a vez da rede principal do Ethereum passar pela fusão, implementando de fato o proof-of-stake.

Porém, essa migração está demorando muito para acontecer: Faz anos que desenvolvedores do Ethereum prometem uma migração para o PoS, mas o processo já passou por diversos adiamentos.

A expectativa é que a fusão esteja finalizada antes do fim deste ano.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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