Moedas Douradas de Bitcoin em cima de uma superfície preta
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Em julho de 2021, a empresa de tecnologia Méliuz pagou R$ 25,9 milhões para comprar a fintech Alter, especializada em serviços relacionados a criptomoedas. Agora, foi anunciado que a marca da Alter irá acabar e todos os seus serviços serão descontinuados até o dia 6 de agosto.

“A infraestrutura do Alter será encerrada totalmente no dia 06/08/2022 e os serviços serão descontinuados conforme calendário abaixo. Por isso, não será possível manter seus bitcoins e reais em sua AlterConta”, afirma a empresa em seu site.

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Além disso, a Alter informa que o cliente deve levar seus reais ou criptomoedas para outra conta ou carteira, ou para uma conta do Méliuz, de forma gratuita.

Os clientes da Alter estão recebendo a instrução de como fazer a migração, uma vez que não será possível manter reais e bitcoins na antiga conta. De acordo com o portal Brazil Journal, a fintech tinha na época da aquisição cerca de 110 mil clientes usando seus serviços de compra e armazenamento de criptomoedas

“Para transferir seus reais, basta criar uma nova chave Pix na sua conta do Méliuz e enviar para lá e, para transferência dos seus bitcoins, aceite o termo de consentimento pelo seu AlterApp”, explica.

Em resposta a alguns clientes no Instagram, a Alter afirma que o serviço de criptoback (cashback na forma de criptomoedas) também irá ser criado na Méliuz.

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Um executivo da Méliuz disse ao Portal do Bitcoin que “há o interesse do Méliuz de assumir os clientes do Alter, dentro do aplicativo do Méliuz. Estamos enviando comunicações nesse sentido. Hoje o App do Méliuz já possui compra e venda de bitcoin e está sendo construído outras funcionalidades do mundo cripto por lá”.

Alter

Alter é uma fintech de criptomoedas criada em 2018 que oferece aos usuários uma conta digital híbrida, integrada com uma carteira de bitcoin, além de um cartão cripto pré-pago da Visa. 

A empresa faturou R$ 3,1 milhões nos últimos 12 meses, com o aumento da procura por serviços de criptomoedas no Brasil. As negociações de ativos digitais na plataforma movimentaram R$ 184 milhões só no primeiro semestre deste ano.

A fintech foi avaliada em R$ 15 milhões no final do ano passado durante uma rodada de investimentos feita na plataforma de crowdfunding Captable. Já em maio deste ano, o Alter foi considerado uma das fintechs mais promissoras do mercado brasileiro — ao lado do Mercado Bitcoin e Z.ro Bank — na lista 100 Startups to Watch 2021

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Auxílio para bitcoin

Um episódio curioso aconteceu envolvendo a compra de Bitcoin pelo Alter: um jovem estudante de São Luís do Maranhão usou o Auxílio-Emergencial pago pelo governo no início da pandemia para comprar bitcoin.

Para comprar a criptomoeda, Raimundo Nonato Rodrigues Filho conta ter montado uma operação de guerra. Depois da Caixa, ele transferiu o dinheiro para uma conta no banco Inter às 10h08 do mesmo dia.

“Fiz primeiro um pagamento em boleto no app do Caixa Tem para não pagar taxa de transferência no Inter. Depois disso, mandei para a minha conta no Alter”, disse.

Como resultado comprou 0,01196903 BTC, que acabou sacando um dia depois. Resultado: lucrou R$ 40.

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