O co-presidente da MasterCard da região Ásia-Pacífico, Ari Sarker, disse em entrevista ao Financial Times (apenas para assinantes) que ficaria muito feliz se a empresa ‘trabalhasse’ com criptomoedas emitidas por governos.
“Se os governos estão pensando em criar uma moeda digital nacional, teremos muito prazer em olhar para esse novo mercado de uma forma mais favorável”, disse Sarker na segunda-feira (19).
A ideia de criar uma criptomoeda nacional despertou interesse em países como China, Cingapura, Canadá, Israel, África do Sul, Suécia, entre outros. A primeira criptomoeda emitida por um estado foi a Petro na Venezuela.
Partindo do discurso de Sarker, grandes empresas aceitariam incluir esse novo meio de pagamento com mais tranquilidade caso outros países copiassem o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Isso porque seria uma moeda regulada pelo governo e, portanto, menos volátil.
As observações do co-presidente são parecidas com as do CEO da própria instituição, Ajaypal Singh Banga, que tratou todas as criptomoedas com total desprezo.
“Se o governo criar uma criptomoeda encontraremos uma maneira de entrar no jogo. Então construiremos trilhos para ligar clientes a comerciantes. Vinda do governo é interessante, fora isso é lixo”, disse Singh, de acordo com o site CCN.
Projeto-piloto
Sarkar mencionou, cautelosamente, um teste de troca no par bitcoin/fiat em andamento pela organização. Este permitiu clientes “retirar o dinheiro do bitcoin” para um cartão da empresa. Poucos detalhes são conhecidos, mas esse projeto está andamento em Cingapura e Japão.
“Não estamos realizando operações de Bitcoin através da rede MasterCard, [O teste] é um dedo na água. E estamos plenamente conscientes do risco de reputação”.
Preparando o terreno
Um porta-voz disse que a divisão de Investigação de Desenvolvimento (R&D) da organização, a MasterCard Labs, registrou mais de 30 patentes relacionadas à tecnologia blockchain e criptomoedas no ano passado.
Além dos registros a companhia revelou três APIs de blockchain que protegem recursos em tempo real, contratos inteligentes e ainda oferecem uma série de ferramentas para usuários.
Tanto a MasterCard quanto a Visa classificaram compras de bitcoins como “transações em dinheiro” — um obstáculo para os usuários comprarem criptomoedas devido a taxas mais elevadas, segundo relatório do Financial Times.
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