Por que o Bitcoin está subindo tão rápido? Diversos fatores têm impulsionado o preço da maior criptomoeda do mundo. Em 1º de janeiro de 2024, o Bitcoin alcançou US$ 44 mil, uma alta de 27,5% em relação ao ano anterior. No entanto, o verdadeiro destaque veio no final de 2024, quando a criptomoeda atingiu o marco histórico de US$ 100 mil, consolidando seu desempenho impressionante.
O melhor para os entusiastas do Bitcoin estava reservado para os últimos três meses do ano, com o histórico ‘uptober’, em outubro, e as eleições americanas em novembro — com Kamala Harris em cima da hora se mostrando pró-criptomoedas, enquanto seu oponente, Donald Trump, há meses já caía no gosto dos entusiastas do Bitcoin.
Como resultado da vitória de Trump, o Bitcoin atingiu os US$ 100 mil no dia 4 de dezembro, ou seja, no 339º dia do ano. Aqui estão os quatro principais fatores que contribuíram para esse marco histórico da criação de Satoshi Nakamoto.
Aprovação de ETFs nos EUA — o começo
De fato, o rali do Bitcoin deste ano começou, ainda que timidamente, em janeiro , após a aprovação de 11 ETFs de Bitcoin à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Apesar de o anúncio ter sido feito nos primeiros dias do ano, o preço do BTC só começou a subir mesmo cerca de um mês depois, indo para US$ 50 mil em fevereiro e US$ 73 mil em março.
Isso porque os mercados entenderam que tais aprovações permitiriam a investidores que temiam investir em criptomoedas pudessem obter exposição ao Bitcoin por meio de instrumentos financeiros tradicionais, aumentando significativamente a demanda institucional.
Em resumo, o lançamento dos ETFs de Bitcoin era altamente aguardado porque esse produto é visto como uma porta de entrada para uma nova onda de investidores.
Halving do Bitcoin
Em 20 de abril deste ano a blockchain do Bitcoin cortou 50% das recompensas de mineração após o evento de halving, que ocorre automaticamente na rede a cada quatro anos. A recompensa em BTC aos mineradores foi então reduzida de 6,25 BTC para 3,125 BTC.
O que isso significa? A partir do corte, menos bitcoins são gerados, o que aumenta a escassez da criptomoeda — quanto menos do ativo existe, mais valorizado ele fica, assim como o ouro. Por isso que o halving é um dos pilares fundamentais do Bitcoin.
No entanto, o preço do Bitcoin nem subiu ou caiu drasticamente após o halving, mas segundo especialistas, o evento depende de vários fatores para que seu efeito venha, como explicou na época dos 100 dias de halving, Rony Szuster, analista de mercado do MB.
“Eu poderia dizer que 300 dias depois, mais ou menos no início do ano que vem, provavelmente vamos ter um valor do Bitcoin duas vezes maior do que estava antes”, disse ele no final de julho.
Adoção institucional e corte de juros
Depois que o Bitcoin passou a ser visto como um ativo mais sólido, catalisado por produtos financeiros de grandes gestoras como BlackRock e Fidelity, sua caracteristica de reserva de valor ganhou ainda mais força — enquanto a MicroStrategy já acumulava mais e mais BTCs.
Tanto a adoção institucional quanto os cortes de juros por bancos centrais desempenham papéis cruciais no preço do Bitcoin em 2024. Isso porque cortes de juros reduzem a atratividade de investimentos tradicionais e encorajam investidores aos ativos de risco, como as criptomoedas.
Para se ter uma ideia, em julho, o preço do Bitcoin subiu após o Banco Popular da China (PBOC) surpreender os mercados com um corte inesperado em sua política de curto prazo e nas taxas referenciais de empréstimo — uma grande medida da segunda maior economia do mundo.
Na quarta-feira (18), quando o Fed, o banco central dos EUA, reduziu sua taxa de juros em 0,25 pontos percentuais, o Bitcoin caiu, porém, segundo analistas, o mercado já esperava por isso a algumas semanas.
Vitória de Trump
A partir de janeiro de 2025, quando Donald Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos, espera-se que sua administração seja mais simpática às criptomoedas até mesmo porque elas fazem parte de promessas de campanha do republicano, que foi um dos maiores catalisadores do aumento do preço do Bitcoin neste ano.
Ao contrário da democrata Kamala Harris, que percebeu tarde que a comunidade cripto, além de bilionária, também é capaz de engajar grandes personalidades globais, como o próprio Trump. O republicano conseguiu apagar seu passado de crítico do Bitcoin, incendiando por exemplo, uma das maiores conferências do mundo sobre a criptomoeda alfa. “Make America Great Again” virou também “Make Bitcoin Great Again”.
À medida que a eleição se aproximava, ficava cada vez mais claro que Trump na Casa Branca era sinônimo de um ambiente regulatório muito mais propício para criptomoedas, inclusive com o reforço do bilionário Elon Musk, também pró-cripto, e fã da Dogecoin (DOGE).
Em resumo, os defensores das criptomoedas têm muito a agradecer a Trump — que não foi bobo e provavelmente ficou com a maior fatia dos eleitores desse mercado, e vem recrutando entusiastas de cripto para sua administração.
Por isso, o esperado é que o rali do Bitcoin continue no ano que vem, juntamente com a evolução do mercado cripto como um todo, já que no lugar do anticripto Gary Gensler na SEC estará o bem posicionado sobre as criptomoedas, Paul Atkins.
No ano passado, Atkins acrescentou que o trabalho da SEC deveria manter “o ouvido atento” ao mercado de criptomoedas para “permitir que os mercados prosperem, porque, se isso desafia os incumbentes e ajuda a reduzir os custos para investidores e para quem está tentando captar recursos, essa é a razão de termos mercados financeiros”.
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