Jameson Lopp, ex-engenheiro chefe da BitGo e atual da CasaHODL, revelou nesta quarta feira (04) que cerca de 4 milhões de bitcoins estão perdidos.
Embora essa afirmação possa parecer comum à primeira vista para aqueles que não são afetados, ela tem efeito sobre a oferta total e consequentemente sobre o preço do Bitcoin.
O comentário do executivo foi proferido durante sua participação na conferência ‘Building on Bitcoin’, que aconteceu nesta semana em Lisboa, Portugal, de acordo com a CCN.
Aproveitando o tema de sua apresentação que foi ‘Building your own bank’ (Construindo seu próprio banco, em português) Loop acrescentou um tema bastante falado em todo o meio criptoeconômico, que é a quantidade de Bitcoins que existe e que possa existir.
A maioria, ou talvez todos os entusiastas da criptomoeda com maior valor de mercado e vista por muitos como candidata a tomar o lugar do próprio ouro, tem pelo menos o conhecimento de que o código do Bitcoin só permite a criação de 21 milhões de unidades e que a mineração está prevista para durar até o ano de 2140.
No entanto, com as unidades inativas a quantidade real disponível para negociação ou gasto será significativamente menor, ou seja, cerca de 15 milhões, segundo análise de executivo, caso mais nenhuma grande quantidade seja perdida.
Lopp afirmou que uma enorme quantidade de seis milhões de Bitcoins está inacessível no momento. Estes seis milhões de Bitcoin consistem em cerca de 2 milhões de Bitcoins roubados, bem como os 4 milhões de Bitcoins que estão literalmente perdidos.
Sendo assim, 28,5% do suprimento máximo do Bitcoin estará perdido no blockchain da criptomoeda permanentemente. Fazendo as contas, dos 17 milhões de BTC que estão em circulação, apenas 11 milhões estão realmente ativos na rede.
Os analistas têm frequentemente vinculado o preço do Bitcoin à oferta fixa. No entanto, esses resultados implicariam que a oferta total acessível de Bitcoins será no máximo 71,5% dos 21 milhões de Bitcoins que podem ser produzidos.
Então o valor real do Bitcoin era para ser maior?
A Chainalysis, uma empresa de análise de criptomoedas e blockchain, revelou pela primeira vez em uma entrevista à Fortune em novembro do ano passado que 3,79 milhões de BTC estavam perdidos na rede.
Na época, um representante da empresa, o economista Kim Grauer, disse que era difícil afirmar categoricamente se o fato dos bitcoins perdidos era ignorado por conta do mercado de criptomoedas ser altamente especulativo.
Ele também disse que à medida em que fosse aumentando a oferta, o aumento da demanda elevaria naturalmente seu preço.
“O mercado se adaptou à demanda real e à oferta disponível – basta olhar para o comportamento nas exchanges. Além disso, é bem conhecido o procedimento de política monetária tradicional para reduzir ou aumentar as reservas fiduciárias para impactar as taxas de câmbio”, explicou Grauer.
Atualmente o Bitcoin está flutuando na casa dos US$ 6.700. Seu preço é calculado com base nos 17,13 milhões de BTCs que supostamente circulam no mercado. No entanto, se o fornecimento de bitcoins exibido publicamente para o público tivesse sido de 11 milhões, o BTC seria avaliado em US$ 10.300.
Sendo assim, seu preço cairia quase pela metade, e considerando que os milhões perdidos no blockchain é de conhecimento dos maiores investidores, então é possível que o mercado atual esteja demonstrando uma avaliação que considera menor que a oferta que é retratada no mercado.
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