“Web3 é o futuro da internet”, diz criador da Animoca Brands no Web Summit Rio

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Yat Siu, presidente da Animoca Brands, no Web Summit Rio (Foto: Saori Honorato/Portal do Bitcoin)

Nesta quinta-feira (4), o último dia da conferência de tecnologia Web Summit Rio, o cofundador e presidente executivo da Animoca Brands, Yat Siu, subiu ao palco principal do Riocentro para falar sobre as formas de construir utilidade na blockchain – e ele tem propriedade para falar sobre o assunto.

A Animoca Brands é atualmente uma das maiores investidoras do setor, com mais de 400 financiamentos feitos em negócios ligados à blockchain nos últimos anos.

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Ao ser questionado pela moderadora do painel Lucian Shein, da Axios, sobre as razões que levaram a Animoca Brands – originalmente uma empresa de jogos mobile que migrou para construir jogos NFT e se tornou uma VC – a investir de maneira tão expressiva em projetos blockchain, Siu disse que a tecnologia que surgiu com as criptomoedas é a essência do que será a Web3. Para ele, é o futuro natural da internet.

“Dados são os recursos mais valiosos do mundo hoje. Antes da blockchain, você não era capaz de ser dono dos seus dados, e como resultado, se tornava uma espécie de ‘servo digital’ das grandes companhias, que podem simplesmente apertar um botão e te excluir daquele espaço. Blockchain é o antídoto a isso. Coisas como tokens não fungíveis (NFTs) fornecem uma saída para que tenhamos direito de propriedade digital de verdade”.

Sobre a desaceleração do hype em torno dos projetos de metaverso, bem como do interesse nas coleções de NFTs mais famosas do setor, Siu não se mostrou preocupado:

“Trading é importante, mas se isso representa 90% de tudo que é o setor, cria os problemas que já vimos no passado e que em 2022 ficaram ainda mais evidentes. NFTs estão fazendo algo totalmente diferente: pessoas compram NFT por um questão de cultura. Ou seja, estão entrando nesse mundo porque querem fazer amigos, conexões, ser parte de uma comunidade. Não é só sobre trading, aquele NFT tem um significado para você”.

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Ele também falou sobre as tentativas de metaverso que existem hoje e porque ele acredita que projetos como os feitos pela Meta não serão capazes de ter sucesso pela falta de um componente essencial: descentralização.

“O metaverso aberto – apoiado por blockchain e conceitos da Web3, não o metaverso do Facebook – atingiu uma atividade econômica total de US$ 30 bilhões no ano passado. Colocando esse número em contexto, ele é maior que o PIB da Islândia e centenas de outros países.”