Warner Music Group e Splinterlands unem forças para criar jogos play-to-earn

A gravadora quer participar da febre dos NFTs e de jogos blockchain
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A gravadora americana Warner Music Group (ou WMG, na sigla em inglês) e a empresa de jogos blockchain Splinterlands concordaram em desenvolver novos jogos blockchain focados em músicos da WMG e seu trabalho.

De acordo com uma publicação, os jogos serão play-to-earn (ou P2E), no “estilo fliperama” e criados para dispositivos móveis.

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Splinterlands é um jogo de fantasia de cards digitais desenvolvido na blockchain Hive, mas usuários devem transferir tokens não fungíveis (ou NFTs) à blockchain WAX para realizar vendas secundárias.

NFTs não tokens criptográficos e únicos que existem em uma blockchain e representam a propriedade de alguém sobre um ativo – neste caso, ativos internos a jogos.

Desde seu lançamento em 2018, Splinterlands agora possui 450 mil jogadores diários e 1,8 milhão de usuários registrados. Também foi o jogo blockchain mais popular de janeiro, segundo dados do site DappRadar.

Oana Ruxandra, diretora digital e vice-presidente executiva de desenvolvimento comercial do WMG, explicou que os jogos blockchain desenvolvidos com a equipe do Splinterlands irá oferecer a artistas (e à gravadora) novas fontes de receita.

“Não acredito que possamos subestimar quão enorme é a oportunidade de jogos P2E”, disse Ruxandra.

Sobre a parceria com o WMG, Jesse Reich, CEO do Splinterlands, disse que a gravadora está “inovando a indústria da música para atender aos padrões estabelecidos por membros da comunidade Web 3”.

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Embora Reich não tenha dito quais são esses padrões, alguns músicos criticaram a indústria da música tradicional e lançaram startups para criar novas plataformas para a descoberta e monetização sem que grandes gravadoras lucrem.

Por exemplo, a Sound é uma startup criada por David Greenstein, filho de Scott Greenstein, presidente da Sirius XM. Em dezembro, arrecadou US$ 5 milhões de nomes como Andreessen-Horowitz (a16z), 21 Savage, Holly Herndon e Trevor McFedries.

Sound oferece a músicos uma nova forma de serem descobertos sem precisarem de uma gravadora e permite que fãs comprem músicas como NFTs.

Desde seu lançamento, Sound pagou mais de US$ 600 mil a artistas. Royal, do músico 3LAU, é uma startup adversária de músicas em NFT que busca dar aos artistas uma participação maior de renda por suas músicas usando NFTs.

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Gravadoras que buscam renda por meio da Web 3 não é algo surpreendente, pois muitos músicos já o fazem, tentando complementar o recebimento de direitos autorais e adiantamentos insuficientes.

Steve Aoki, veterano DJ e produtor musical, disse, em um evento recente do Gala Music, que ele já ganhou mais dinheiro com NFTs do que com 10 anos de adiantamento musical.

“Conforme NFTs de música fazem cada vez mais parte de como integramos e apoiamos artistas, gravadoras terão de fazer mais do que apenas acrescentar a música a uma playlist”, disse Aoki na época.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.