Visa faz estudo global sobre criptomoedas para divulgar produto

Foco da empresa foi falar com consumidores que tenham renda familiar igual ou acima de US$ 35 mil
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Foto: Shutterstock

A gigante dos meios de pagamento Visa está entrando com força no mercado de criptomoedas. A empresa conduziu um estudo global grande para, junto com os dados, promover um novo produto para a área.

Trata-se do Global Crypto Advisory Practice, oferecida pela subsidiária Visa Consulting & Analytics (VCA), no qual a empresa irá desenvolver programas de recompensas em criptomoedas e carteiras de CBDC integradas para consumidores. 

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O estudo se chama “The Crypto Phenomenon: Consumer Attitudes & Usage” e incluiu nove grupos de discussão e 10 entrevistas em profundidade nos Estados Unidos, Alemanha e Argentina no período de 14 a 26 de julho de 2021, bem como a coleta de 6.430 respostas por meio de uma pesquisa online realizada na Argentina, Austrália, Brasil, Alemanha, Hong Kong, África do Sul, EUA e Reino Unido entre os dias 25 de agosto e 13 de setembro de 2021.

Vale ressaltar que para participar do estudo, a pessoa deveria ter pelo menos 18 anos de idade. Caso tivesse 25 anos ou mais, ter uma renda familiar de pelo menos US$ 35.000 (ou o equivalente no mercado) e compartilhar a responsabilidade ou tomar conjuntamente as decisões financeiras do domicílio.

Dados brasileiros

Em relação aos dados do Brasil, o estudo mostra que 29% dos adultos que responderam o questionamento disseram que veem as criptomoedas com bons olhos e estão prestes a entrar nesse mercado.

O estudo também aponta que estes consumidores estão altamente interessados em comprar ainda mais criptomoedas para fins de investimento nos próximos 12 meses e acreditam que elas serão amplamente usadas para comprar produtos e enviar dinheiro nos próximos 5 a 10 anos. 

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Um terço dos pesquisados estão diretamente engajados com criptomoedas, seja como meio de investimento (proprietários passivos) ou para fazer transações comerciais e enviar/receber dinheiro (proprietários ativos).

Elemento do cotidiano

A pesquisa da Visa também revela maioria também concorda que a as criptomoedas se tornarão algo comum em 10 anos e, em 5 anos, serão uma ferramenta útil para enviar dinheiro a amigos e familiares.

Proprietários ativos também consideram mais vantajoso investir em criptomoedas do que em ações (71%) e, de modo geral, os consumidores engajados as veem como uma forma de construir um patrimônio e diversificar seus portfólios.

Só 8% dos pesquisados disseram ter se informado sobre criptomoedas, mas não as veem com bons olhos. 

Motivos de insegurança

A pesquisa concluiu também que os proprietários ativos e passivos de criptomoedas citam a instabilidade e o fato de não terem dinheiro suficiente como os principais impeditivos para serem mais ativos e engajados com a moeda, enquanto os pesquisados que não têm criptomoedas citam a falta de conhecimento (60%) e de fundos (51%), além do risco de instabilidade como as principais barreiras ao engajamento. 

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Entretanto, os brasileiros ativos e passivos que já têm criptomoedas são os que têm maior probabilidade de serem motivados a participar desse mercado, pois as consideram o meio financeiro do futuro (38% e 44%) e uma forma de construir um patrimônio (35% e 44%). Da mesma forma, os consumidores curiosos a respeito das criptomoedas são os com maior probabilidade de serem motivados, pois consideram as criptomoedas o futuro dos serviços financeiros e um meio de construir riqueza (44%).