Independente do período econômico, esteja a economia crescendo ou em recessão, os bancos lucram. Com juros altos ou baixos, dólar apreciando ou depreciando, os bancos lucram.
Os bancos, independente do país onde estejam, seja numa grande potencia econômica ou emergente, são lucrativos.
Foi basicamente dessa forma que o analista Bruce Barbosa, da Nord Research, começou sua recomendação de Itaúsa. De acordo com Bruce, os grandes bancos brasileiros sempre mostraram uma rentabilidade sobre seu patrimônio (ROE) elevada.
Assim sendo, enquanto o Ibovespa mal alcança um ROE superior a 10%, os bancos mantiveram-no acima de 20%.
O Itaú
O analista-fundador da Nord explica que a enorme lucratividade do Itaú, principal posição na holding Itaúsa (ITSA4), vem de seguridade e serviços. Dessa forma, “seguros” e “previdência” contribuem muito para a composição do lucro líquido recorrente do banco.
“Crédito” e “trading” ajudam a compor o quadro, entretanto, são negócios bem menos lucrativos e muito dependentes da economia.
Mesmo as perdas com crédito ainda sem bater à porta, os bancos já se protegeram. Ou seja, fizeram suas provisões para devedores duvidosos (PDD), preparando-se assim para o pior.
Dessa forma, os bancos acabam “guardando” um pedaço de seus lucros para repor perdas futuras. E elas alguma hora chegarão.
A pandemia apenas afetou o segmento menos lucrativo do Itaú. “Seguros” e “serviços” continuam gerando lucros bilionários trimestre a trimestre.
Recomendação
De acordo com Bruce Barbosa, hoje, a Itaúsa negocia a 11x lucros históricos. Além disso, que como os lucros do banco foram impactados pelas perdas de crédito, logo se recuperará com o fim da pandemia.
No curtíssimo prazo, o crédito ainda impactará bastante o resultado dos bancos. Entretanto, com sua alta rentabilidade, bancos são ótimos geradores de caixa e bons pagadores de dividendos.
Dessa forma, Bruce Barbosa recomenda a compra de Itaúsa, pois considera uma forma mais barata de investir no banco.