Passado o aguardado corte de juros nos Estados Unidos, os investidores agora já ficam atentos para os próximos passos das principais economias do mundo, com grande poder para definir o rumo dos preços de ativos — incluindo criptomoedas — no último trimestre do ano.
O Bitcoin (BTC) caminha para fechar setembro no positivo e acima dos US$ 65 mil, com investidores otimistas de que o fim de 2024 pode levar a criptomoeda a pelo menos encostar novamente em sua máxima histórica de quase US$ 74 mil.
Com analistas agora tentando entender se o corte de 50 pontos-base pelo Federal Reserve foi um sinal de que uma recessão está chegando nos EUA, outubro terá atenção redobrada para dados da maior economia do mundo que possam trazer algum sinal melhor sobre seu desempenho.
E logo nos primeiros dias de outubro, três dados importantes de emprego serão avaliados pelo mercado: Relatório JOLTs, ADP e o Payroll. Esses são os três principais indicadores sobre o sentimento do mercado de emprego nos EUA e ajudam a entender quão aquecida a economia está.
Ainda nos EUA, dia 9 de outubro será apresentada a ata da última reunião do FOMC, que cortou os juros no país. Esse documento traz detalhes sobre o que levou os diretores do Fed a tomarem tal decisão e pode dar sinalizações sobre os próximos passos da entidade.
Segundo Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, de olho no último trimestre de 2024, há um otimismo com relação ao ambiente macroeconômico.
“Nos EUA, a economia continua robusta, apesar das preocupações com o mercado de trabalho. O PIB do 2T24 superou as expectativas em 3%, indicando baixos riscos de recessão no curto prazo. Assim, nossa perspectiva positiva sobre as condições macroeconômicas para o mercado cripto permanece inalterada”, afirma.
China e União Europeia no radar
Olhando para outras regiões, o dia 17 será um dos mais agitados de outubro, começando com a decisão de juros na União Europeia, depois do grupo ter feito seu primeiro corte de taxas desde 2019 em junho e já realizado outra redução, fica a expectativa para o futuro dos juros na região, atualmente em 3,5%.
No mesmo dia ainda será divulgado o dado de inflação no Japão e o PIB da China, este segundo ganhando mais força após o país anunciar um grande pacote de estímulos na semana passada.
“O recente corte de 50bps nas taxas pelo Fed abriu caminho para que outros bancos centrais adotassem mais medidas de estímulo. Em especial, a China introduziu um pacote significativo de estímulo fiscal e monetário. Espera-se que essas ações aumentem a liquidez do mercado, que historicamente se correlaciona positivamente com o desempenho do BTC. Entretanto, prevemos um possível atraso antes que essas medidas afetem positivamente os mercados de criptomoedas”, avalia Plein.
Confira abaixo a agenda dos principais indicadores para ficar de olho em outubro (sempre no horário de Brasília):
Dia 1
Inflação na União Europeia – 6h
PMI de Manufatura dos EUA – 11h
Relatório JOLTs (EUA) – 11h
Dia 2
Taxa de desemprego na União Europeia – 7h10
Dados de emprego ADP (EUA) – 9h15
Dia 3
PMI de Serviços dos EUA – 11h
Dia 4
Payroll (EUA) – 9h30
Dia 8
Balança comercial (EUA) – 9h30
Dia 9
Ata do FOMC – 15h
Inflação ao Produtor (Japão) – 20h50
Dia 10
Inflação nos EUA – 9h30
CPI (Inflação ao consumidor) nos EUA – 9h30
PPI (Inflação ao produtor) nos EUA – 9h30
Dia 12
Inflação na China – 22h30
Dia 13
Balança comercial (China) – 00h
Dia 16
Balança comercial (Japão) – 20h50
Dia 17
Balança comercial (UE) – 6h
Decisão de juros na União Europeia – 9h15
Coletiva Banco Central Europeu – 9h45
Inflação no Japão – 20h30
PIB da China – 23h
Dia 29
Relatório JOLTs (EUA) – 11h
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