Universidade no RS desenvolve sistema em blockchain para dados de pacientes com Covid-19

Foco é ajudar o sistema de saúde a combater a epidemia de coronavírus
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Foto: Shutterstock

A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), instituição com sede em Porto Alegre (RS), está desenvolvendo um projeto de telemedicina baseado na tecnologia blockchain. De acordo com publicação na página do Ministério da Educação (MEC) na terça-feira (05), o objetivo é integrar a rede hospitalar num modelo computacional padronizado para agilizar a comunicação.

Segundo o artigo, o projeto, desenvolvido no Laboratório de Inovação do Software da Unisinos, é financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação vinculada ao MEC.

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A ação tem como objetivo principal ajudar o sistema de saúde a combater a epidemia de coronavírus e é parte do Programa Estratégico Emergencial de Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias, criado pela fundação no ano passado.

“O trabalho tem a intenção de padronizar os dados clínicos de pacientes contaminados pela COVID-19 e criar um sistema de comunicação para integrar as informações médicas geradas por hospitais gaúchos”, diz o texto.

Sigilo do blockchain

Conforme explicou o MEC, com este modelo, o prontuário dos pacientes poderá ser acessado instantaneamente por qualquer um dos estabelecimentos hospitalares, de forma segura.

E descreveu a forma segura que por natureza o blockchain viabiliza. “Sistema faz a criptografia dos dados e garante o sigilo de todas as informações, conectando os provedores dos hospitais dentro de uma linguagem única de informação”.

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Para o professor Cristiano André da Costa, que coordena o projeto blockchain, cada hospital é uma ilha com sistema próprio, geralmente incompatível com os outros. “Com a padronização dos dados, será possível criarmos o que estamos chamando de Prontuário Eletrônico Pessoal, e ativarmos um sistema interligado e contínuo de troca de informações”, explicou.

Fora isso, a interação permitirá o acompanhamento da evolução da pandemia de COVID-19 e de muitas outras doenças, assim como a atualização permanente do registro eletrônico dos dados gerados pelos hospitais.

Ações estratégicas emergenciais

O Programa Estratégico Emergencial de Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias tem como objetivo apoiar projetos de pesquisa e formação de recursos humanos altamente qualificados, no âmbito dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu, voltados ao enfrentamento da COVID-19 e em temas relacionados a endemias e epidemias típicas do País.

O programa está estruturado em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas.

O que é o Blockchain?