Imagem da matéria: Twitter cede a pressão de Elon Musk e lhe dá acesso à base de dados, afirma jornal
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O Twiter concordou em fornecer para Elon Musk todos os dados gerados na rede social, incluindo o registro de todos os tuítes feitos, de qual aparelho são postados e informações sobre a conta do usuário que fez a publicação. As informações foram reveladas nesta quarta-feira (8) pelo jornal The Washington Post.

Musk está em pé de guerra com a equipe da empresa que tenta adquirir, afirmando que só poderá concluir o acordo de compra após saber com exatidão qual o número de bots (robôs) na rede social.

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Segundo a reportagem do jornal americano, o dono da Tesla terá a banco de dados que pelo menos outras 24 empresas pagam para ter acesso. O objetivo em geral dessas companhias é descobrir quais assuntos estão ganhando ou perdendo força e conseguir prever movimentos da opinião pública.

A equipe de Musk afirma que se ficar comprovado que o número de bots é muito maior do que o divulgado pelo Twitter, isso significa que o público para campanhas publicitárias é menor do que o imaginado e a capacidade de gerar receitas também.

Ceticismo do Twitter

O jornal aponta que líderes do Twitter estão céticos com a possibilidade de Musk achar alguma anomalia, uma vez que o banco de dados que lhe será fornecido é o mesmo que diversas empresas têm acesso diariamente.

A impressão geral, conforme o jornal, é que Musk busca uma desculpa para desfazer o acordo. O compromisso assinado impõe que o dono da Tesla terá que honrar com a proposta de US$ 44 bilhões que fez pela rede social a menos que prove ter sido enganado.

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Por fim, o The Washington Post diz que o péssimo momento do mercado de ações, ainda mais as de tecnologia, teria feito com o que o dono da Tesla se arrependesse da compra do Twitter.

A briga pelos dados do Twitter 

O embate entre a empresa e o bilionário sobre a entrega dos dados já se estende desde meados de maio, quando Musk tuitou que o acordo poderia não se concretizar caso a rede social não fornecesse informações sobre quantas contas falsas existem na plataforma.

Elon Musk afirma que 20% de todas as contas que existem hoje no Twitter são falsas, uma porcentagem quatro vezes maior do que os 5% que o CEO da empresa, Parag Agrawal, alega existir.

“Minha oferta [de compra do Twitter] foi baseada na precisão dos documentos do Twitter enviados  à SEC. Ontem, o CEO do Twitter publicamente se negou a comprovar [que existem] menos de 5% [de contas falsas/de spam]. Esse acordo não pode avançar até que ele comprove”, escreveu Musk no dia 17 de maio.

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Na ocasião, o CEO do Twitter escreveu que a empresa havia compartilhado com o bilionário informações sobre como calcula os números de bots, e foi respondido por Musk com um emoji de cocô.

 A carta formal enviada à equipe jurídica do Twitter no início da semana pelo advogado de Elon Musk parece ter sido o ultimato final para que os dados que deseja fossem entregues.

Os planos de Musk para adquirir o Twitter 

Elon Musk havia revelado seu interesse em comprar o Twitter e tornar a empresa privada em abril deste ano. Em 25 de abril, o conselho do Twitter aceitou a oferta de aquisição de US$ 44 bilhões do bilionário. A corretora Binance e diversos outros investidores fizeram aportes para apoiar a aquisição.

Parte dos planos de Musk para o Twitter incluem tornar aberto o código de rede social, apresentar um botão de edição a tuítes e combater robôs de spam e contas falsas que promovem golpes de criptomoedas.

Musk também sugeriu a ideia de acrescentar a popular criptomoeda de meme Dogecoin (DOGE) como uma opção de pagamento para usuários do serviço de assinatura premium, Twitter Blue. Ele declarou que caso avance com a aquisição, o Twitter pode se tornar um “superaplicativo”, similar ao WeChat da China, ao incorporar pagamentos.

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Caso ele se torne dono do Twitter, escreveu, a rede social “seria voltada para 80% da população, então a extrema esquerda e a extrema direita provavelmente ficariam insatisfeitas”.

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