Imagem da matéria: TV Globo e Record investigam crimes de acusado de golpes com bitcoin que foi espancado
Marlon Gonzalez Motta no Copacabana Palace (RJ) em março de 2019. Imagem: Repodução/Instagram

“Ele começou aqui no Distrito Federal, dando golpes em pessoas conhecidas dele, expandiu para os Estados Unidos e chegou até à China”, disse o delegado Sérgio Bautzer ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, sobre Marlon Gonzalez Motta, acusado de aplicar golpes em investidores usando bitcoin.

O jovem golpista, que no mês passado foi pego e torturado por empresários até transferir R$ 152 mil em Bitcoin, levava uma vida de luxo e ostentação.

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“Ele some com o dinheiro das vítimas”, disse o apresentador Chico Pinheiro.

De acordo com a reportagem o golpista fez vítimas no Brasil, nos EUA e até na China.

Pelo menos 50 pessoas já prestaram depoimento à polícia onde contaram as tramas. “Ele prometia lucros diários de 1% a 3% para convencer investidores”, contou a jornalista Giuliana Morrone.

Marlon exibia imagens nas redes sociais de viagens que fazia mundo afora. 

“Cada ano que passa ele abre uma empresa diferente, com CNPJ diferente para poder dar novos golpes”, disse o delegado.

A Record também noticiou o caso no domingo (08), no programa Domingo Espetacular, e trouxe novos relatos como o de um ex-amigo de Marlon:

“A gente saía junto, dividia a conta até do combustível. Era uma pessoa normal, nunca apresentou nenhum traço do que ele se tornou”, contou um amigo do golpista à reportagem. Ele investiu R$ 50 mil e ficou no prejuízo. Marlon não fez mais contato.

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R$ 445 mil em bitcoin

Um grupo de empresário, diz a reportagem, investiu R$ 445 mil na compra de bitcoins. Uma das táticas usada por Marlon era dizer aos investidores que o dinheiro tratado não havia caído em sua conta.

O empresário Neheru Santana de Oliveira explicou:

“No dia da operação ele falou que a TED não entrou na conta, não compensou. As horas se avançaram até quando liguei para gerente do meu banco, eu falei ‘eu preciso externar uma TED’ e ela falou ‘agora é impossível’”.

Espancado mais uma vez

Segundo o Domingo Espetacular, Marlon teria sido espancado novamente em Morro de São Paulo, bairro do município de Cairu, na Bahia, mas não deu maiores detalhes.

No final de agosto, o jovem havia sido pego por dois empresários ao sair de uma festa. A dupla teria sido vítima de um golpe. Eles estavam armados e conseguiram render os seguranças de Marlon e levá-lo para um cativeiro.

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No local, Marlon levou coronhadas e, com as armas apontadas para sua cabeça foi obrigado a transferir R$ 152 mil em Bitcoin para duas carteiras. Depois do ato, ele foi deixado nas proximidades de um hospital.

No dia seguinte, investigadores da polícia identificaram os sequestradores, que foram presos no local do cativeiro. No entanto, após depoimento, eles foram dispensados e devem responder pelos crimes em liberdade.

(Amigo e investidor tenta contato com Marlon, mas fica sem resposta. Imagem: Reprodução/Domingo Espetacular)

Golpes e Bitcoin

A Polícia Civil do DF já vinha investigando vários golpes financeiros aplicados por Marlon. Ele era acusado de usar bitcoin e criptomoedas para atrair vítimas e de viajar o mundo procurando jovens investidores.

Marlon pode ter feito mais de R$ 3 milhões com falsas promessas. Os golpes são aplicados em jovens da alta classe que ele geralmente aborda em festas e que estão começando a atuar no mercado financeiro.

Ele já é conhecido da polícia no DF e responde a pelo menos cinco inquéritos. Dentre eles estão crimes comuns de fraude, estelionato e associação criminosa.

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De acordo com o delegado Gustavo Araújo, na 17ª DP de Taguatinga Norte, Marlon tem vários crimes referentes ao artigo 171 do Código Penal.

“Nesses três meses foram instaurados quatro inquéritos policiais em desfavor do Marlon. Todos os quatro ele foi indiciado no artigo 171, que é o estelionato, um deles inclusive, doze vezes”, disse Araújo.

Marlon foi descoberto após um cúmplice ser pego com identidade falsa. Por meio da averiguação da polícia, foram encontrados com ele documentos que comprovam sua relação com a empresa M3 Private, de propriedade de Marlon.


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