Imagem da matéria: Trump vai criar um fundo soberano dos EUA — isso incluirá Bitcoin?
Ilustração: Shutterstock

O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva na segunda-feira (4) determinando a criação de um fundo soberano americano — e os investidores de Bitcoin já se animaram.

Após o anúncio de Trump, que ordenou que o governo dos EUA criasse um fundo soberano nos próximos 12 meses, os defensores do Bitcoin reagiram com entusiasmo, interpretando a medida como um passo ativo dos Estados Unidos para investir diretamente na principal criptomoeda do mundo.

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O destaque ficou por conta da senadora Cynthia Lummis (R-WY), uma conhecida apoiadora do Bitcoin, que mencionou a criptomoeda ao comentar a notícia. “Isso é um ₿ig deal”, escreveu ela no X, utilizando o símbolo do Bitcoin “₿” e gerando euforia entre os entusiastas de cripto.

Na manhã desta terça-feira (4), o Bitcoin registra alta de 4,7% no dia, negociado a US$ 99.455 no momento da escrita.

Mas o que exatamente são fundos soberanos e como eles diferem da ideia de uma tão desejada reserva estratégica de Bitcoin nos EUA?

Fundos soberanos são fundos de investimento estatais que utilizam receitas governamentais — muitas vezes obtidas por meio da exportação de recursos naturais — para reinvesti-las em ativos lucrativos e sustentáveis, como ações, títulos e imóveis.

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Embora vários estados dos EUA, especialmente Alasca e Texas, administrem seus próprios fundos soberanos, o país como um todo nunca operou um.

No entanto, a relação entre Bitcoin, ou uma reserva estratégica que conteria o ativo, e um fundo soberano americano não é totalmente clara.

Por um lado, é verdade que alguns dos maiores fundos soberanos do mundo possuem exposição significativa a cripto em geral, e ao Bitcoin especificamente. O fundo soberano da Noruega, o maior do planeta, detém indiretamente quase US$ 400 milhões em Bitcoin, de acordo com a K33 Research.

O fundo soberano de Abu Dhabi, outro gigante do setor, investe regularmente em projetos de cripto e ativos digitais.

Mas a criação de um fundo soberano americano não significa necessariamente que o governo dos EUA entrará no mercado de Bitcoin. Esses fundos podem ser financiados, em parte, pelo banco central do país, mas cripto ainda não faz parte desse portfólio.

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Talvez líderes políticos como Lummis tenham bons motivos para acreditar que o Bitcoin pode se tornar um dos principais focos de investimento de um fundo soberano americano — ou talvez, assim como tantos outros no setor de cripto, eles estejam apenas tentando transformar em realidade o futuro que tanto desejam.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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