Tokens da Argentina e Espanha despencam mais de 20% após títulos; entenda por quê

Tokens oficiais das seleções da Argentina e Espanha caíram entre 22% e 25% após as vitórias de domingo
Lionel Messi jogador de futebol durante partida pela seleção da Argentina

Messi fez propagandas do projeto Sirin labs em 2017 (Foto: Shutterstock)

Os fan tokens da Argentina e Espanha, campeãs no domingo (14) da Copa América e Eurocopa, caíram violentamente após as vitórias nos gramados. Esse fenômeno não é novo e alguns analistas do mercado cripto começam a buscar entender o que ocorreu.

O token oficial da Argentina cai 22% (cotação de US$ 1,42) e o da Espanha 25% (cotação de US$ 0,02517) no momento da redação desta reportagem.

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O motivo por trás do fenômeno pode ser a antecipação desses grandes eventos, apelidado no jargão do setor de “vender o fato”. O mercado se empolga com um acontecimento com antecedência e já precifica o ativo. Quando o ato esperado ocorre, o clímax passou e já começou uma forte liquidação para realização de lucros.

O token da Espanha, por exemplo, subiu 70% nos três dias antes da final contra a Inglaterra, conforme apontou o CoinDesk. Após os espanhóis terem vencido os ingleses por 2 a 1, o ativo começou sua forte queda, com os investidores querendo embolsar o lucro feito. 

Um estudo publicado na Science Direct afirma que os fan tokens tendem a subir na véspera de grande decisões e cair logo em seguida. Essa dinâmica de “comprar o rumor e vender o fato” foi observada pelos pesquisadores de criptomoedas na Copa do Mundo de 2022. 

Leia também: O que é um fan token, como funciona e quais riscos existem no mercado

Por outro lado, um estudo de 2022 realizado por Mieszko Mazur e Miguel Vega argumentou que o desempenho da equipe não afeta a valoração dos tokens de torcedor, independentemente do torneio. 

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“Embora tenha sido encontrada uma alta taxa de retorno no primeiro dia de negociação de 150%, a longo prazo, os tokens de torcedor têm um desempenho inferior aos principais benchmarks de criptomoedas, como Bitcoin (BTC) e moedas de finanças descentralizadas (DeFi)”, afirmou o estudo.