A rede da blockchain EOS anunciou sua reformulação para “Vaulta” na terça-feira (18), enquanto faz uma mudança estratégica para o “banco Web3”, buscando aproveitar a crescente demanda por produtos financeiros inovadores.
Ansiosos para aproveitar a oportunidade, os traders impulsionaram o token nativo EOS em 30%, para US$ 0,65, logo após o anúncio, de acordo com dados da CoinGecko.
Apesar da alta repentina, o token ainda acumula uma queda de 188% em relação à máxima histórica de US$ 22,89, refletindo os desafios enfrentados pela blockchain desde sua estreia explosiva.
A transição para Vaulta está provisoriamente marcada para o final de maio de 2025, com o token EOS sendo trocado pelo novo token Vaulta, segundo um comunicado da EOS na terça-feira.
A troca será bidirecional por quatro meses, permitindo que os usuários convertam seus tokens EOS em Vaulta na proporção de 1:1 por meio de um portal dedicado.
O token Vaulta também será listado nas quase 140 exchanges onde o EOS atualmente é negociado. O código do token e detalhes técnicos adicionais serão revelados posteriormente, informou a EOS em um comunicado separado.
O “Web3 Banking OS” da Vaulta oferecerá um conjunto de ferramentas para possibilitar a propriedade fracionada de ativos do mundo real, staking, custódia e estratégias de rendimento com Bitcoin, entre outras funcionalidades, afirmou a EOS.
A plataforma será construída com base na tecnologia EOS existente, implementando algumas atualizações importantes para melhorar sua interoperabilidade com outras blockchains.
Contratos Inteligentes
Uma das principais atualizações será um recurso chamado exSat, que ajudará na execução de contratos inteligentes no Bitcoin, permitindo que a Vaulta interaja com outras redes blockchain.
O sistema da Vaulta contará com finalização de transações em um segundo, compatibilidade com C++ e compatibilidade com a Ethereum Virtual Machine (EVM) para contratos inteligentes.
Por meio de parcerias com a Spirit Blockchain, que viabiliza a propriedade fracionada de ativos do mundo real, e a Ceffu, especializada em custódia e estratégias de rendimento, a Vaulta afirma que unirá DeFi e finanças tradicionais em um “ambiente seguro”.
A plataforma também pretende criar um Conselho Consultivo Bancário para orientar a direção do projeto, incluindo representantes de fintechs e Web3 da Systemic Trust, Tetra e ATB Financial.
Lançada em 2018 para competir com o Ethereum, a EOS inicialmente atraiu grande atenção devido à sua alta capacidade de processamento de transações e taxas mais baixas, graças ao seu mecanismo de consenso de Prova de Participação Delegada (DPoS).
Com uma ICO recorde, arrecadando impressionantes US$ 4,1 bilhões, a EOS foi inicialmente vista como uma grande concorrente no espaço blockchain, sendo considerada um “Ethereum killer”.
No entanto, um ano após seu lançamento, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) entrou com uma ação contra a Block.one, empresa responsável pela EOS, por realizar uma venda de valores mobiliários não registrada.
A Block.one acabou resolvendo o caso pagando uma multa de US$ 24 milhões, um valor insignificante comparado aos US$ 4 bilhões arrecadados.
Com o passar do tempo, a rede teve dificuldades para atender às expectativas, enfrentando problemas frequentes de congestionamento e acusações de “votação mútua”, o que levou a uma perda significativa de confiança no mercado e a uma grande desvalorização do token.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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