A nova criptomoeda oficial da lenda do futebol Ronaldinho Gaúcho teve um início turbulento, em meio a preocupações com “early snipers” e um grave risco de segurança no código do token.
Lançado ontem (2) exclusivamente na BNB Chain, o Ronaldinho Coin (STAR10) estreou com grande expectativa, prometendo ao enorme público global do jogador acesso a “experiências exclusivas, benefícios reais, colecionáveis autografados e um agente de inteligência artificial”.
O entusiasmo rapidamente deu lugar à decepção, pois a criptomoeda do ex-jogador sofreu forte volatilidade logo no lançamento, caindo mais de 50% do seu pico de US$ 0,38 para o preço atual de US$ 0,19, segundo dados do CoinGecko.
A trajetória instável do token reflete a de outros ativos de alto perfil, como o Libra, apoiado pelo presidente argentino Javier Milei.
A distribuição do token destina 20% do fornecimento total a Ronaldinho — significativamente mais do que as alocações típicas na maioria dos projetos cripto, onde a participação do fundador geralmente varia entre 5% e 10%.
Uma empresa de análise de blockchain, a Onchainlens, identificou que uma única carteira lucrou quase US$ 5 milhões após gastar apenas US$ 29.247 na compra de tokens, enquanto a plataforma de copy-trading cripto lmk.fun destacou que o lançamento do token foi “dominado por early snipers”.
A GoPlus Security, uma plataforma de segurança Web3, tuitou um alerta após descobrir uma vulnerabilidade crítica, revelando que o dono do STAR10 poderia queimar os tokens de qualquer investidor à vontade, uma vez que a propriedade não havia sido renunciada.
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O alerta levou o fundador da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, a aconselhar os traders: “Por favor, tenham cuidado!”.
Ronaldinho respondeu ao tuíte de CZ, afirmando: “A propriedade não foi renunciada? Agora foi! Os tokens não podem ser destruídos sem aviso”, declaração que foi posteriormente confirmada pela GoPlus.
O histórico cripto de Ronaldinho
O astro brasileiro do futebol já esteve envolvido em diversos empreendimentos cripto.
O jogador lançou seu primeiro token, RON, na plataforma P00LS em 2022, mas o projeto não conseguiu atrair grande adesão. No mesmo ano, ele promoveu o World Cup Inu, um memecoin lançado antes da Copa do Mundo FIFA de 2022 no Catar. Como muitos projetos cripto apoiados por celebridades, o token teve um aumento inicial de valor, seguido por uma queda drástica.
Em 2023, ele compareceu à CPI das Pirâmides Financeiras para negar qualquer envolvimento no esquema de pirâmide “18kRonaldinho”, alegando que sua imagem foi usada sem consentimento. O esquema prometia retornos diários de 2%, mas acabou colapsando, resultando em um processo de US$ 61 milhões.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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