Suíça aprova lei e dá sinal verde para tokenização de produtos em blockchain

Coleção de vinhos é a primeira a se tornar um valor mobiliário
suíça no centro de um chip cripto

Foto: Shutterstock

Uma coleção de vinhos será o primeiro produto a receber tokenização na Suíça com as novas leis acerca da tecnologia blockchain que parcialmente entrou em vigor no país nesta segunda-feira (01). A nova classe de ativos teve início com a parceria entre o Sygnum Bank e a empresa de vinhos Fine Wine Capital AG, conforme comunicado em conjunto das instituições.

“As novas disposições legais pavimentam o caminho para a próxima geração de valores mobiliários no blockchain e fornecem uma base legal robusta para realizar o potencial de tokenização de ativos”, diz a nota.

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Segundo comunicado, os ativos são tokenizados na plataforma Desygnate da Sygnum e emitidos de acordo com a estrutura legal e totalmente reconhecidos em uma nova categoria de títulos com base em DLT.

Para o cofundador da Fine Wine, Alexandre Challand, a inovação abre caminho para novos investidores tanto privados como institucionais. “Isso lhes dá a oportunidade de manter, negociar ou solicitar uma liquidação física deste ativo único de maneira eficiente”, comentou.

Associação de blockchain comemora

A Swiss Blockchain Federation, que é a associação de blockchain do país, disse em nota que em meados de dezembro passado, o Conselho Federal decidiu colocar partes da proposta de blockchain que havia sido aprovada em setembro pelo parlamento. A entidade comemorou que agora os ativos podem viver sem papel e, ao contrário dos negociados em bolsa de valores, sem bancos.

“Em vez disso, os direitos do valor de registro são “impressos” em tokens criptográficos, que, como as criptomoedas, podem ser transferidos digitalmente e diretamente de pessoa para pessoa sem um intermediário”, explicou.

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Gino Wirthensohn, chefe do setor de tecnologia do Sygnum Bank, seguiu o mesmo discurso. Para ele, as disposições legais que entram em vigor nesta segunda garantem que a tokenização de ativos seja agora uma alternativa viável à securitização tradicional.

Comemorou também a advogada suíça Cornelia Stengel, que participou da elaboração da nova legislação sobre blockchain. “Isso significa que, a partir de hoje, é possível transferir direitos e reivindicações de forma puramente digital e sem o envolvimento de um intermediário”, escreveu em sua conta no Linkedin.

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