SudoSwap: a UniSwap dos NFTs? | Opinião

Autor mostra como a solução ajuda a aumentar a liquidez e diminuir a volatilidade dos Tokens Não Fungíveis através do uso de pools
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Bored Ape é a coleção de NFTs mais famosa do mundo (Foto: Shutterstock)

NFTs são considerados ativos de baixa liquidez. A gente não vê pessoas comprando Bored Apes na mesma intensidade com que compram Bitcoin e ETH, certo?

E é por criar uma solução que gera liquidez para os tokens não-fungíveis que os holofotes do mundo cripto vem iluminando a SudoSwap, que recebe o apelido carinhoso de UniSwap dos NFTs.

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A grande diferença desse protocolo para marketplaces como o OpenSea é que ele permite que seus usuários negociem NFTs em pools de liquidez, parecido com o que acontece com tokens e criptomoedas na UniSwap ou PancakeSwap.

Um pool, ou pool de liquidez, é um contrato inteligente que permite trocar instantaneamente entre dois ativos. Na SudoSwap, o tipo mais comum de pool é um pool NFT<>ETH, o que significa que qualquer pessoa que possua NFTs de uma coleção pode trocá-los instantaneamente por ETH ou vice-versa.

Assim, os participantes fornecem liquidez listando seus NFTs no marketplace a preços definidos.

Essa abordagem de pools para NFTs trás muitos benefícios além da liquidez, sendo alguns deles:

  • Descentralização e negociações on-chain;
  • Investimento “fracionado” em NTFs, investindo na pool;
  • Diminuição da volatilidade dos preços dos ativos.

Quando falamos sobre diminuição da volatilidade dos preços dos tokens, esse é um importante passo para que NFTs sejam adotados amplamente para casos de uso mais comuns. Não é todo mundo que ficaria tranquilo em comprar um NFT de uma foto no Instagram e ver o preço despencar 90% em uma semana…

Além de tudo, enquanto marketplaces como a Opensea cobram 2,5% em taxas e permitem cobranças extras (por exemplo, quando você paga 5% para projeto que criou o NFT), na SudoSwap a taxa é fixa em 0,5%. No final das contas, isso faz muita diferença no dinheiro que sobra no seu bolso.

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Como a SudoSwap funciona?

Assim como acontece em exchanges descentralizadas, na SudoSwap existe um mecanismo de “Automated Market Maker” (AMM). AMM é um local de negociação de ativos descentralizado que permite aos seus participantes comprar ou vender criptomoedas.

É ele que controla as compras e vendas de ativos com base na oferta e demanda. Não é difícil entender: imagine que criamos uma pool onde colocamos 10 NFTs e 1 ETH. Se uma pessoa tem interesse em comprar um dos NFTs, isso vai torná-los mais escassos na minha pool e o preço base da minha coleção vai subir.De forma semelhante, se as pessoas aparecem no protocolo somente para vender os NFTs, adicionando-os à pool, isso vai fazer com que o preço base caia, já que a oferta foi aumentada e a procura é baixa.

Parte das taxas das negociações realizadas nas pools retornam para quem forneceu a liquidez.

A utilização de um AMM cria uma maneira descentralizada para que os preços se regulem baseados no interesse dos investidores. É uma forma de deixar com que o livre comércio atue nos preços de forma mais eficiente.

Na imagem abaixo você consegue ver como a SudoSwap é diferente do OpenSea. Além da solução descentralizada, é possível comprar e vender os NFTs instantaneamente. É por isso que falamos que essa é uma solução de liquidez para ativos que geralmente são ilíquidos.

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A Sudoswap já gerou mais de US$ 20 milhões em negociações desde 11 de julho, quando foi lançada.

A equipe do projeto já sinalizou que pode acontecer a criação do token SUDO e um airdrop para a comunidade. Então pode valer a pena conhecer e interagir com o protocolo, nem que seja para testar…

E, claro, existem pontos a se melhorar no projeto. Hoje ainda é difícil encontrar um NFT específico dentro de uma pool. Há quem reclame do corte da taxa de royalties para os criadores das coleções, já que isso é o que mantém muitos dos projetos do mercado.

Por fim, encare este artigo como educacional apenas. Nosso intuito é falar de tecnologia apenas, e então lembre-se que ao investir, a tecnologia envolvida é apenas um aspecto a se analisar.

Sobre o autor

Fabrício Santos é especialista em blockchain e criptomoedas da Criptomaníacos, contribuindo no setor de conteúdo e pesquisa na empresa desde 2019.