A crise gerada pela pandemia de coronavírus e seus efeitos na economia e sobre as finanças de empresas e pessoas físicas têm levado os bancos a se mexerem para evitar maiores prejuízos. Ao mesmo tempo, as medidas servem como alívio para os clientes.
O banco Santander, por exemplo, anunciou aumento de 10% dos limites dos cartões de crédito que estiverem com pagamentos em dia. A instituição também decidiu antecipar já para abril o pagamento total do 13º salário dos seus 47 mil funcionários.
“Neste cenário de incertezas e preocupações, é fundamental zelar pela segurança de todos e dar mais tranquilidade ao cliente na gestão de suas finanças”, afirma Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.
De acordo com o executivo, o aumento do limite do cartão de crédito, por exemplo, permite postergar o pagamento de algumas despesas. Essa medida pode fazer a diferença para quem já teve o orçamento afetado de alguma forma pela pandemia.
O que fazem outros bancos
Outros bancos também tomaram decisões recentes que visam atenuar os impactos da atual crise. O Banco do Brasil se colocou à disposição para renegociar dívidas, operações de crédito, para reforçar o capital de giro de empresas e manter serviços cotidianos essenciais à população.
“Não se trata de otimismo sem fundamento, mas de firme confiança na capacidade de recuperação do nosso país e no propósito que nos move, cuidar do nosso cliente”, disse o presidente do banco, Rubem Novaes, por meio de comunicado divulgado nas redes sociais.
A Caixa Econômica Federal também vem oferecendo pausas nos pagamentos de empréstimos e oferta de crédito em taxas reduzidas.
“A crise irá passar. O foco agora é diminuir ao máximo seus efeitos neste momento e no futuro breve, após o fim das medidas restritivas”, escreveu o banco estatal por meio de nota nas redes sociais.
Prazo maior para dívidas e mais crédito
Essas medidas vão no sentido do compromisso assumido pelas cinco maiores instituições bancárias do país — Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander — de atenuar os efeitos da pandemia de coronavírus sobre seus clientes, tanto pessoas físicas como jurídicas.
Em comunicado divulgado por meio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as instituições disseram que “estão abertas e comprometidas em atender pedidos de prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas”.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) também anunciou duas medidas nessa mesma direção.
Uma delas reduz por um ano o Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPConservação), de 2,5% para 1,25%. Esse corte, de acordo com Banco Central (BC), vai ampliar em R$ 56 bi a folga de capital no sistema financeiro. Também deve aumentar a capacidade total de concessão de crédito do sistema nacional para algo em torno de R$ 637 bilhões.
O CMN também anunciou a facilitação de renegociação de operações de créditos de empresas e de famílias reconhecidas como boas pagadoras.
Agências abertas
A Febraban também anunciou que na última terça-feira (17) foi criada a Comissão Bipartite Covid-19, um canal direto e permanente de troca de informações entre bancos e as entidades que representam funcionários do setor diante da atual crise.
Foram confirmadas, também, medidas dos bancos para proteção de clientes e funcionários nas agências. As instituições podem analisar caso a caso, com base no fluxo de pessoas e nas características do posto de atendimento.
Os bancos são considerados serviços essenciais à população. Por esse motivo, as agências bancárias prosseguem abertas, mas seguindo novos protocolos de higienização e de operação junto ao público.
A Febraban, no entanto, orienta a população a usar meios remotos de atendimento, como mobile e internet banking, para reduzir ao máximo a necessidade de comparecer a uma agência.
Segundo a entidade, há 157 bancos em operação no Brasil atualmente.
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