Autoridades da Rússia prenderam na sexta-feira (15) o suspeito de fundar a Hydra, o maior mercado de produtos ilícitos já feito na Internet. A informação foi publicada por diversos veículos da imprensa russa e pelo portal de notícias do Coinmarketcap, citando informações do governo local. O nome do suspeito é Dmitry Pavlov e fontes locais afirmam que ele é suspeito de tráfico de altas quantidades de drogas.
A prisão vem pouco tempo após o mercado ilegal ter saído do ar. No dia 5 de abril a polícia da Alemanha conseguiu localizar os servidores que mantinham o site e apreenderam o equivalente a 23 milhões de euros em bitcoins. O Departamento de Justiça dos EUA também anunciou acusações criminais contra Pavlov por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e hospedagem de serviços ilegais na Hydra.
Conforme aponta reportagem da BBC, a polícia alemã afirma que o site tinha 19 mil vendedores registrados em seu marketplace e 17 milhões de consumidores.
Mercado gigante
Aproximadamente 86% de bitcoins oriundos de práticas ilícitas recebidos por corretoras russas no ano passado vieram da Hydra.
“Nossas ações hoje enviam uma mensagem aos criminosos de que eles não podem se esconder na deepweb, em fóruns, na Rússia, ou em qualquer outro lugar do mundo. Em coordenação com aliados e parceiros, como Alemanha e Estônia, continuaremos a interromper essas redes”, disse em nota a secretária do Tesouro, Janet Yellen, quando anunciou as acusações contra Pavlov e a Hydra.
“Antes da ação de hoje, a receita da Hydra havia aumentado drasticamente de menos de US$ 10 milhões em 2016 para mais de US$ 1,3 bilhão em 2020”, ressalta a nota, que tacha a Rússia de “paraíso para cibercriminosos”.