A Ripple tentou pagar para que Gemini e Coinbase, duas das mais conhecidas exchanges dos Estados Unidos, aceitassem a listagem da XRP, seu token. A informação foi divulgada na quarta-feira (04) depois de uma investigação da Bloomberg. De acordo com a reportagem, quatro fontes confirmaram as investidas, todas feitas no ano passado.
Não é de hoje que boatos a respeito da listagem da XRP em grandes plataformas de negociação movimenta o mercado. Em março, as cotações dispararam depois que Brad Garlinghouse, o CEO da Ripple, e Asiff Hirji, diretor de operações da Coinbase, apareceram no mesmo programa, fortalecendo boatos de uma iminente listagem.
Manobras da Ripple
O que a Bloomberg revela agora é um cenário um tanto diferente. Fontes confirmaram que um executivo da Ripple perguntou à Gemini, exchange dos irmãos Winklewos, se US$ 1 milhão a ajudariam a aceitar a listagem do XRP. Outras tentativas de persuasão foram feitas ao longo do ano.
Sem formalizar uma proposta, a Ripple também avançou sobre a Coinbase. Segundo as fontes, ofereceu um empréstimo de US$ 100 milhões. A exchange poderia pagar pelos recursos em XRP ou dólares.
Possibilidade que, segundo o ofertante, lhe daria a chance de lucrar ainda mais. Se optasse pelos dólares, abriria a possibilidade de ganhar com a possível valorização da moeda digital após a listagem. Consultadas, as plataformas não responderam à Bloomberg.
A tentativa de sedução financeira indica o apetite da Ripple para estar nas grandes plataformas de negociação. Mas pagar pela listagem é prática comum no mercado. Para as criptomoedas, os custos variam de US$ 1 milhão a US$ 3 milhões, segundo a Autonomous Research. Sistema semelhante é adotado pelas tradicionais bolsas de valores. A Nasdaq cobra taxas anuais de listagem que variam de US$ 42 mil a US$ 155 mil.
A questão que ronda a Ripple é o temor regulatório. A startup é a criadora de sua própria moeda digital (apelidada de XRP) e também de um sistema de pagamentos de código aberto. Ou seja, diferente do que acontece com o Bitcoin ou o Ethereum, a XRP tem como maior detentor de seus tokens, a própria Ripple.
A presença de um agente “controlador” da moeda aumenta o receio de que as autoridades americanas a equiparem a um valor mobiliário – como ocorre com as ações, que são frações do capital de uma companhia aberta e estão sujeitas a um rígido arcabouço regulatório.
Se isso acontecer, a exchange que aceitar a listagem da XRP também terá que se enquadrar a uma série de regras. E seguir normas é um tema caro no mundo (livre) das moedas digitais.
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