A Ripio anunciou nesta quinta-feira (12) o lançamento de um cartão de crédito on-chain, o primeiro do tipo no mundo. Sebastian Serrano, CEO da Ripio, fez o anúncio durante o evento Modular Summit, em São Paulo, dizendo o cartão irá unir as finanças tradicionais com o mundo de DeFi (Finanças Descentralizadas).
De acordo com o executivo, a ideia é que os usuários possam participar do ecossistema de DeFi sem a necessidade de se conectar aos protocolos ou realizarem operações complexas ou múltiplas transações.
Segundo ele, o cartão permite que o usuário mantenha seus criptoativos como colateral acessando crédito no sistema de finanças descentralizadas ao conectar os ativos aos protocolos. Isso será possível por meio de um protocolo chamado Capify.
“Atualmente, há muitos criptoativos que estão parados em carteiras porque os usuários os veem como investimentos para o futuro. Nosso sistema dá flexibilidade ao permitir que esses ativos sejam usados como colateral, assim, o usuário pode manter seus ativos e, ao mesmo tempo, financiar a compra de bens e serviços”, disse o executivo.
Os usuários interessados terão de se inscrever em uma lista para acessar o produto. Segundo Serrano, o produto deve ser lançado ainda em 2024.
Diferentemente de como é feito atualmente com o cartão da Ripio – em que, para fazer uma compra o sistema confirma se o usuário tem saldo ou crédito disponível -, agora haverá uma integração com DeFi, em que o sistema da empresa irá pegar um empréstimo em um protocolo do tipo, trocando os criptoativos do usuário por reais para completar a compra.
“Atualmente, esse processo acontece com a Ripio financiando a compra em nome do usuário, e o pagamento é feito automaticamente. […] O que estamos propondo agora é um modo de operação que integra o DeFi ao cartão”, explica Serrano, reforçando que o protocolo coloca os ativos do usuário como colateral para gerar o crédito de forma automatizada.
O CEO da Ripio ressaltou que o uso de DeFi é mais vantajoso que o sistema tradicional por oferecer taxas mais baixas e uma maior transparência. “No DeFi, o processo é completamente automatizado, sem taxas significativas, com poucos intermediários e é acessível globalmente, o que torna a liquidez uma característica universal”, disse durante o evento.
Serrano revelou ainda que, no início, haverá um “limite conservador” em torno de 25% a 30% do valor do colateral que poderá ser usado, de forma a reduzir os riscos. Além disso, para as operações, ele explicou que a Ripio está construindo um protocolo próprio, baseado na Compound.
“Em vez de depender dos protocolos abertos que existem hoje, estamos criando um protocolo específico para o nosso sistema. Atualmente, muitos dos protocolos públicos têm vulnerabilidades, e nossa proposta é construir uma solução mais robusta e segura, baseada em tecnologias já estabelecidas como o Compound”, completou ele.
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