Reino Unido bane propaganda de Bitcoin que induzia pensionistas ao erro

Exchange coinfloor veiculou propaganda que supostamente confundia os pensionistas
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Foto: Shutterstock

A Autoridade de Padronização das Propagandas do Reino Unido (ASA) baniu uma campanha impressa veiculada pela exchange coinfloor, segundo uma reportagem da BBC publicada nesta quarta-feira (17).

De acordo com a autoridade britânica, a campanha de marketing se destinou a pensionistas que, provavelmente, não entendiam o suficiente sobre o risco de investir em criptomoedas.

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Ação de marketing impresso realizado pela coinfloor (BBC)

A ASA ficou preocupada, especialmente, com uma frase. “Não há sentido em manter o seu dinheiro nos bancos”, diz a propaganda da Coinfloor, que também tem a imagem de uma senhora e os dizeres “comprar e segurar Bitcoin nunca foi tão fácil”.

Mesmo o “disclaimer” ao final da ação de marketing não foi o suficiente mitigar o banimento. “O investimento em criptomoedas envolve riscos e pode resultar na perda do seu capital”, alertou a coinfloor, em letras miúdas, ao final do texto.

Suposto relato de pensionista faz crítica aos bancos

A campanha da coinfloor foi veiculada na versão impressa do jornal Northamptonshire Telegraph. Numa página inteira, ela continha o suposto relato de uma pensionista sobre o investimento em Bitcoin.

“Atualmente, não faz sentido manter o dinheiro no banco – o rendimento é insultante. Por isso que, quando recebi minha pensão, coloquei um terço em ouro, outro em prata e o restante em Bitcoin”, afirmou a suposta investidora. “Para mim, o Bitcoin é ouro digital e me permite proteger o dinheiro que eu já tenho”, completou ela.

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Contudo, as autoridades consideraram que a propaganda não deixou claros os riscos de investir em Bitcoin. Além disso, ela foi irresponsável, segundo a ASA, ao sugerir que a compra do criptoativo é uma forma segura de manter uma pensão.

Por outro lado, a exchange afirmou que apenas veiculou o relato de uma cliente. A empresa também afirmou que colocou o disclaimer a respeito dos riscos no final da propaganda,