Recuperação do mercado é liderada por criptomoedas de privacidade, como Monero e Zcash

Eventos políticos na Rússia e nos EUA podem estar por trás do rápido aumento no preço de criptomoedas que preservam a privacidade
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Foto: Shutterstock

O preço das principais criptomoedas de privacidade, como monero (XMR) e zcash (ZEC), está disparando nesta quarta-feira (9), sendo que diversas delas estão registrando ganhos entre 10% e 20%.

Monero, a maior criptomoeda de privacidade, que possui uma capitalização de mercado de mais de US$ 3,5 bilhões, disparou 17% nas últimas 24 horas e está precificada a US$ 195.

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Apesar da alta, ainda está 62% distante de sua alta recorde de US$ 517 registrada em maio de 2021, de acordo com o site CoinMarketCap.

Zcash subiu 11% e está sendo negociado a US$ 140 neste momento. Assim como monero, ainda está muito longe de atingir sua alta recorde de US$ 5.941 registrada em outubro de 2016.

Oasis (ROSE), secret (SCRT) e horizen (ZEN), a terceira, quarta e quinta maiores criptomoedas de privacidade, respectivamente, também estão subindo bastante.

Nas últimas 24 horas, Oasis registrou uma alta de 11% e atingiu US$ 0,24; Secret subiu 14% e está custando US$ 4,89; e Horizen subiu 16% e está sendo negociada a US$ 41.

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Até mesmo as moedas de privacidade não tão conhecidas estão registrando ganhos. Nas últimas 24 horas, Pirate Chain (ARRR) subiu 17%; Verge (XVG), 21%; e Dero, 12%.

Moedas de privacidade variam tanto em método como em utilidade mas, a grosso modo, usam técnicas criptográficas para ofuscar a identificação de informações, como endereços e quantias de transação, de olhares curiosos.

Zcash e monero usam uma técnica criptográfica chamada provas de conhecimento zero, que permite que usuários façam transações sem especificar quaisquer detalhes sobre as transações em questão, além do fato de que são legítimas.

Embora monero apenas permita que transações privadas sejam feitas, zcash também permite transações públicas.

Criptomoedas de privacidade sobem em meio a notícias políticas

Conforme as criptomoedas se popularizam cada vez mais, diversos governos pelo mundo acreditam que agora é uma boa época para começar a criar legislações para minimizar quaisquer possíveis danos que a economia digital em desenvolvimento pode ter nos mercados financeiros tradicionais.

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Legisladores também estão buscando por proteções a investidores comuns contra movimentações e agentes adversos ao mercado.

Esta semana, a administração Biden publicou mais detalhes de uma ordem executiva da Casa Branca para ajudar a esclarecer e coordenar os papéis de agências, como a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC, na sigla em inglês) e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (ou CFTC), em relação a cripto.

Já Elizabeth Warren e três outros senadores democratas anunciaram que irão criar um “novo projeto de lei para garantir que cripto não seja usado por Vladimir Putin e seus comparsas para prejudicar nossas sanções econômicas”.

Um comunicado sobre o novo projeto de lei indica que “iria facilitar” a identificação de usuários que movimentam dinheiro entre carteiras privadas cripto, como MetaMask ou WalletConnect.

Na terça-feira (8), o banco central russo baniu saques de moedas estrangeiras acima de US$ 10 mil até 9 de setembro para desacelerar a saída de capital após a comunidade internacional ter imposto drásticas sanções econômicas após a decisão do presidente russo Vladimir Putin em invadir a Ucrânia.

Conforme a mira está cada vez mais nas criptomoedas, a atividade do mercado sugere que investidores podem estar migrando para criptomoedas com foco maior em privacidade.

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*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.