O software de mineração de criptomoedas T-Rex é mais uma solução encontrada por mineradores para enfrentar o limitador de hash imposto pela Nvidia em suas placas de vídeo. Por meio do programa, além de restaurar até 70% do desempenho de mineração, como já permitia outro software, NBMiner, o T-Rex também permite minerar simultaneamente duas criptos diferentes.
No entanto, segundo publicação do Tom´s Hardware na quinta-feira (07), por enquanto, nenhum software ainda foi capaz de vencer completamente o algoritmo anti-mineração Nvidia. O “Lite Hash Rate”, um limitador de 50% da taxa de hash que afeta diretamente a capacidade de mineração, foi testado em fevereiro deste ano e anunciado posteriormente como integrante das GeForce RTX 3080, 3070 e 3060 Ti.
Mineração dupla
Tanto o T-Rex quanto a NBMiner ainda estão longe de permitir ao minerador o direcionamento de 100% de hash para uma criptomoeda apenas, diz o site. Mas, em outras palavras, a porcentagem de hash de 70% que pode ser usada para a mineração de ethereum (ETH), com a solução, o minerador pode inverter e usar 30% para o ether e os 70% restantes para outra criptomoeda. Desta forma, 100% da capacidade fica dividida entre ETH e uma altcoin, com por exemplo, a Ergo (ERG).
O sistema funciona também com outros criptos, como Ravencoin (RVN) e Cornflux (CFX), mas tudo vai depender do quanto de memória de vídeo (RAM) a criptomoeda necessita. Sendo assim, nem todas as GeForce serão compatíveis, como explica o site. Minerar simultaneamente ETH e ERG, por exemplo, requer mais de 8 GB de RAM, enquanto ETH e CFX requer mais de 10 GB.
Leia Também
Basicamente, ressalta Tom´s Hardware, isso significa que as GeForce 3060 Ti e 3070 não são compatíveis com o recurso de “mineração dupla” do T-Rex, uma vez que elas possuem apenas 8 GB de RAM.
A Nvidia reduziu a taxa de hash das placas de vídeo para que sejam menos desejáveis para os mineradores e assim manter os seus produtos apenas nas mãos de jogadores, que é o foco da fabricante de softwares.
Mineração de Ethereum
Mas essa não é a parte mais ruim para os mineradores de ethereum. Em breve, a atual rede será totalmente substituída por outra, a Ethereum 2.0, cujas atualizações já vêm ocorrendo.
A nova rede vai eliminar a mineração de ETH com a troca da prova de trabalho (PoW) pela prova de participação (PoS), que requer muito menos eletricidade para funcionar, ao mesmo tempo que permite transações em uma escala muito maior.
Outro pronto da utilização que inclusive já está efetivada é a queima de tokens ETH para deixar o ativo mais escasso, logo mais valorizado. A mudança ocorre desde agosto, quando a rede passou pelo hard fork London e a melhoria EIP-1559, que permite a queima automática de ETHs pagos como taxas.
