Polícia prende chefe de pirâmide financeira que roubou R$ 10 milhões de investidores

O suspeito captava recursos financeiros sem autorização da CVM, prometendo rendimentos acima do mercado
Dólares equilibrados formam uma pirâmide

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) deflagrou na terça-feira (11) a Operação Kairós para desarticular um esquema de pirâmide financeira que teria causado prejuízos milionários a centenas de investidores. Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Carazinho e Canela, além da prisão preventiva do sujeito investigado, que não teve o nome revelado.

Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Carazinho apreenderam seis veículos de alto valor, avaliados em cerca de R$ 700 mil; sequestro de quatro imóveis residenciais, avaliados em R$ 2 milhões; apreensão de R$ 24 mil em moeda corrente, além de outros objetos relevantes para a investigação, descreve o comunicado da PCRS.

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O investigado, alvo de prisão preventiva, foi recolhido ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. “A investigação segue em andamento para identificar outras possíveis vítimas e eventuais envolvidos, além de aprofundar a análise das movimentações financeiras”, disse a polícia.

Golpe de pirâmide

As investigações indicam que, desde 2021, o suspeito captava recursos de cerca de 800 investidores sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), prometendo rendimentos acima do mercado. Seu nome, bem como o nome do negócio fraudulento, não foram divulgados.

O dinheiro, supostamente investido em uma corretora baseada em Belize, era na verdade movimentado entre contas do próprio operador, configurando um esquema fraudulento que movimentou mais de R$ 10 milhões.

A maioria dos investidores sofreu prejuízos quando os pagamentos foram interrompidos em janeiro de 2025. A Polícia Civil obteve autorização judicial para medidas cautelares e orienta vítimas a registrarem ocorrência, reforçando o alerta contra fraudes financeiras.