Polícia do RJ derruba pirâmide e prende ex-dirigente de futebol acusado de esquema com Faraó do Bitcoin

Segundo delegado, operação da Futura Invest era uma espécie de “pirâmide dentro da pirâmide” devido à ligação com a GAS Consultoria
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(Foto: Shutterstock)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quarta-feira (1) em Niterói o empresário Ricardo Wagner de Almeida, ex-dirigente do Botafogo e dono da empresa Futura Invest. Segundo a polícia, ele é suspeito do crime de montar uma pirâmide financeira.

Durante a ação, os policiais encontraram documentos que ligam Ricardo à GAS Consultoria, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”. Um contrato firmado em 2019 entre as partes será levado para perícia.

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De acordo com O Globo, o delegado Alan Luxardo disse que há evidências de que, assim como Glaidson, Ricardo Wagner também prometia um lucro de 4% ao mês. Além disso, “Glaidson dava 10% ao mês na pirâmide dele”, de acordo com o delegado, que explica:

“Ricardo repassava o dinheiro dele, e o Glaidson devolvia 10% de lucro, dos quais ele ficava com 6%. Então, na verdade, era uma pirâmide dentro da pirâmide”, disse o delegado ao O Globo.

Pirâmide dentro da pirâmide

Conforme detalha a reportagem d’O Globo, as ofertas de investimentos da Futura — baseadas em aplicações de capital, criptomoedas e na bolsa de valores — tinham como principais alvos servidores públicos.

Eram três entidades diferentes: “Futura Agenciamento de Negócios Eireli, a Futura Invest, e a RW Eireli”, destaca o  jornal, acrescentando a informação de que os suspeitos formavam um contrato que já estipulava altos retornos aos clientes.

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Contudo, segue a publicação, a polícia descobriu que o pagamento dos rendimentos eram realizados apenas nos primeiros meses após o investimentos, ficando posteriormente o cliente sem receber nos meses seguintes.

O Globo também publicou a foto de uma nota promossória datada de 10 de outubro de 2021 e emitida por Glaisdon à Futura, cujo valor é de R$ 300 mil. No documento, reconhecido em cartório, aparece o nome da esposa de Glaidson, Mirelis Zerpa, que é considerada foragida da polícia.

O suspeito pode responder por crimes como estelionato e organização criminosa, por supostamente ter atuado em um esquema que causou prejuízos de mais de R$ 5 milhões a dezenas de pessoas.

GAS Consultoria

A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação revelou ser uma pirâmide financeira, que desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras. O criador da empresa, o ex-garçom Glaidson, que foi detido em agosto de 2021 durante a Operação Kryptos, no Rio.

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Além do roubo do dinheiro de milhares de clientes pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas. Glaidson segue preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

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