A Polícia Civil do Rio de janeiro prendeu na manhã desta segunda-feira (09) Jonas Spritzer Amar Jaimovick, dono da JJ Invest. Acusado de ter criado um esquema pirâmide financeira através da suposta empresa de investimentos, Jaimovick estava com prisão decretada havia mais de um ano. As informações são d’O Globo.
A empresa deu um calote milionário em vários clientes, inclusive em famosos do futebol, e patrocinou mais de uma dezena de clubes de futebol, como o Vasco da Gama, por exemplo.
A JJ Invest prometia rendimentos muito acima dos praticados no mercado regulado — de 10% a 15% ao mês. Estima-se que em todo país existam milhares de pessoas lesadas. O prejuízo pode bater a casa dos R$ 170 milhões.
Por conta da promessa de rendimento, a empresa chegou a ser advertida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em seguida, o esquema passou a ser investigado em inquérito da Polícia Federal.
De acordo com a reportagem, a maioria dos clientes sequer tinha contrato assinado, e os depósitos eram feitos diretamente nas contas de Jaimovick ou da JJ e até mesmo via WhatsApp.
Além de Jaimovick, foram indiciadas mais oito pessoas que, de forma direta, obtiveram lucro com a pirâmide financeira, disse o jornal.
Golpe da JJ Invest
A empresa que foi fundada em 2016 chamava a atenção com o alto retorno das aplicações.
A empresa somou patrocínios aos clubes esportivos em seu currículo. Nem o jogador Neymar foi esquecido. O nome da JJ Invest já esteve estampado no peito do jogador e jogo beneficente, assim como ocorreu também com Kaká.
Em fevereiro do ano passado informações iniciais já mostravam que mais de 3 mil pessoas confiaram o dinheiro na JJ Invest, cuja sede ficava em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.
No mês anterior, Jaimovick fechou as portas e sumiu no mapa sem pagar os clientes. Com o decreto de sua prisão preventiva em julho do ano passado, ele então passou a ser tratado como foragido da Justiça.
Jonas Jaimovick já responde a dezena de inquéritos em vários estados brasileiros; só no Rio, mais 30, diz o jornal.
Segundo investigações, ele operava irregularmente e de forma criminosa, utilizando-se de declarações falsas para sugerir legitimidade do negócio.
O jornal também apurou que as penas previstas são de reclusão entre seis e 22 anos, além de multa.