Polícia do DF investiga pirâmide financeira de Bitcoin que deixou prejuízo de R$ 30 milhões

O acreano Thiago da Silva Rocha prometia rendimento mensal de 3% em aplicações no mercado de criptomoedas, mas ele sumiu com todo dinheiro, segundo site
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(Foto: Shutterstock)

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um suposto caso de pirâmide financeira aplicado pelo acreano Thiago da Silva Rocha, que dizia ser trader e megainvestidor para captar pessoas em um esquema que tinha como isca investimentos em criptomoedas, como o Bitcoin.

Conforme apurou o portal Metrópoles, Rocha, que está sumido desde que o esquema ruiu, pode ter faturado R$ 30 milhões em cima de pelo menos 20 vítimas.

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De acordo com o site, Rocha deu início ao golpe participando de eventos organizados pela alta sociedade de Brasília e fazendo amizades com médicos, advogados, empresários e servidores públicos das três esferas federais — Executivo, Legislativo e Judiciário. “Com lábia afiada, o operador mostrava aos clientes que era possível ter lucro mensal de 3% sobre o valor aplicado em moedas virtuais”, comenta a publicação.

Para conseguir mais interesse das vítimas em aplicações no mercado cripto, Rocha também realizava reuniões e oferecia cursos. Nesses encontros, diz o Metrópoles, ele  mostrava a evolução das aplicações em tempo real por meio de uma plataforma desenvolvida por ele.

No entanto, após o negócio começar a ruir, como ocorre com toda pirâmide, os clientes de Rocha deixaram de receber seus ‘dividendos’ e começaram a pedir o dinheiro investido de volta. Ao fazerem isso, “Thiago nunca mais foi visto ou encontrado pelas vítimas”, ressalta a reportagem, que apurou que há vítimas espalhadas em vários estados, como Minas Gerais, Acre e Goiás. 

Investimento fraudulento

Os investimentos feitos pelas vítimas variavam; houve quem perdeu R$ 100 mil e quem R$ 500 mil. Segundo a reportagem, um dos alvos de Rocha foi convencido a trocar todos os seus investimentos tradicionais pelo negócio fraudulento. Fora isso, ele deu ao golpista senhas para que ele controlasse um montante de cerca de R$ 1 milhão.

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“Ficamos completamente desestruturados financeira e psicologicamente”, disse a vítima ao portal. Também houve casos de clientes que venderam empresas para investir nos negócios do estelionatário, ressalta o site.

“Ao todo, coloquei R$ 300 mil divididos em três blocos de ações que eram operadas pelo Thiago. Cheguei a receber alguns rendimentos, mas os pagamentos começaram a atrasar até o momento em que pararam de vez”, relatou também um empresário.

A equipe de reportagem do Metrópoles tentou entrar em contato com o suposto trader, mas ele não atendeu às ligações.