Em meio à Copa do Mundo, a polícia da cidade de Cantão, na China, prendeu seis pessoas que desrespeitaram as leis vigentes ao arrecadar cerca de US$ 1,5 milhão em sites de jogos on-line.
De acordo com a polícia, a rede de apostas ilegais, que tinha 330 mil usuários, aceitava Bitcoin, Ethereum e Litecoin.
Foram confiscados, também, US$ 750 mil das contas bancárias dos envolvidos, segundo publicação da agência de notícias Xinhua nesta quarta-feira (11).
Apostas frequentemente andam de mãos dadas com eventos esportivos, e esta Copa do Mundo não foi exceção. A gangue divulgava os sites por meio de redes sociais.
A ação fez parte de uma força-tarefa das autoridades chinesas que investigavam as plataformas desde maio, quando agentes perceberam a mobilização do grupo criminoso em propagandas na internet.
Todos os sistemas de sites e aplicativos suspeitos foram encerrados, inclusive 250 grupos de discussão que tinham como objetivo atrair novos clientes.
Durante a ocorrência, a polícia apreendeu servidores, computadores, telefones celulares e cartões de crédito de 20 grupos criminosos.
Cassinos e sites de apostas são proibidos na China, mas há um sistema legal regulado pelo governo onde as pessoas podem apostar nos resultados de jogos de futebol. A plataforma é muito popular e também faz sucesso desde o início do torneio mundial de futebol.
O sistema é comandado pelo ministério dos Esportes da China e destina parte do lucro ao financiamento de estádios e formação de jovens atletas.
Aconteceu também no Brasil
Nesta semana, a Justiça brasileira ordenou a prisão de sócios de pirâmide financeira que operava com bitcoin em vários estados do país.
Assim como as gangues chinesas, Danilo Santana e seus familiares comandavam a empresa D9 Empreendimentos, um esquema de pirâmide financeira disfarçado como sites de apostas e, segundo a polícia, a gangue obteve pelo menos R$ 200 milhões de lucro.
A quadrilha, que deixou 1300 clientes ‘a ver navios’, responderá pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.