Plataforma investigada do grupo Minerworld libera saques de bitcoin; Servidores serão desligados

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A BitOfertas, uma plataforma de criptomoedas ligada à suposta mineradora de bitcoin Minerworld, ambas investigadas por crime de pirâmide financeira, liberou os saques dos criptoativos que estavam bloqueados pela Justiça desde o início das investigações.

O novo capítulo deu-se através de um email enviado a clientes da plataforma nesta semana e que contém instruções de saques em bitcoin e procedimentos para o cliente requerer na Justiça o saldo em reais.

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“Faça o login na plataforma e saque os seus bitcoins eventualmente custodiados na Bitofertas para outra carteira digital de sua preferência”, diz um trecho do informativo.

O comunicado também passa instruções para aqueles que tinham valores em reais ou que havia feito depósito no período de bloqueio da empresa.

Segundo o informativo, o usuário da plataforma têm que fazer o seguinte:

Se possuir saldo em reais, bem como saque que ainda não havia sido processado, o usuário tem imprimir e juntar esses comprovantes que servirão como prova de saldo/saque, imprescindíveis para requerer, junto à Justiça de Mato Grosso do Sul, os valores bloqueados.

No caso de depósito, o informe diz:

“Caso tenha sido realizado um depósito bancário, salve o comprovante juntamente com os seus dados da Bitofertas”.

Desligamento de servidores

Outro ponto importante que os usuários lesados financeiramente pela plataforma têm que estar atentos, é que no cronograma da empresa há a informação de que “os servidores da BitOfertas serão desligado em dezembro”.

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Depois desta data, é provável que usuários não tenham mais como acessar a plataforma e juntar comprovantes.

Lucro Fácil

A BitOfertas se apresentava como uma exchange de criptomoedas focada no comércio de produtos usando o bitcoin como meio de pagamento.

Em 17 de abril deste ano, a empresa, juntamente com a Minerworld e uma outra plataforma chamada Bitpago, foi alvo do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os agentes deflagram, então, operações nas cidades de Campo Grande (MS) e São Paulo, cumprindo mandados de busca e apreensão em suas sedes.

O esquema tem como seus principais dirigentes Cícero Saad, Hércules Gobbi e Johnnes Carvalho, que recrutavam pessoas para fazer parte do grupo que, segundo eles, era uma mineradora de bitcoins.

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No entanto, a Minerworld, que no final do ano passado já recebia várias reclamações sobre pagamentos não realizados (dos lucros prometidos na pirâmide) alegou ter sido roubada por hackers a quantia de 851 bitcoins que estavam na exchange Poloniex.

A Poloniex não se manifestou sobre o caso e tudo passou a ser investigado como suposta formação fraudulenta de pirâmide financeira.

A operação, chamada ‘Lucro Fácil’, foi solicitada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) após uma ação cível pública proposta pela 43ª Promotoria de Justiça.

A instituição é responsável pelas atividades de proteção e defesa dos interesses coletivos e individuais do consumidor. O início das investigações deu-se depois da denúncia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que verificou o público lesado e pediu providências.


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