Um dia após revelar estar envolvido na criação da memecoin TrumpCoin (DJT), Martin Shkreli, ex-executivo do ramo farmacêutico conhecido como “Pharma Bro”, agora jogou toda a responsabilidade sobre o token no filho doe 18 anos do ex-presidente Donald Trump, Barron Trump.
Nos últimos dias, o ativo, emitido na rede Solana, disparou de preço após especulações de que seria o token oficial do republicano, cujo nome completo é Donald John Trump — e, portanto, a sigla DJT.
Segundo Shkreli, Barron criou o DJT com aprovação de seu pai e detém as chaves privadas do endereço do contrato inteligente. “Pharma Bro” disse que o filho do ex-presidente o abordou com a ideia de lançar o token em abril.
Em um Spaces no X hospedado por Mario Nawfal, Shkreli afirmou que apenas ajudou seu “amigo” Trump com conselhos, mas não teve um papel ativo no lançamento do DJT, dizendo também que o influenciador de criptomoedas “Ansem” estava envolvido no projeto.
“Eu ensinei alguém a fazer um contrato, e eles apertaram o botão, não eu. As chaves estão com Trump, não comigo”, disse Shkreli no X (antigo Twitter) reforçando que não agiu sozinho. Ele ainda afirmou que Trump estava em contato com a exchange de criptomoedas Kraken para discutir uma possível listagem do DJT.
Durante o Spaces, usuários debateram se a história seria verdade ou não, já que seria muito arriscado para a campanha de Trump estar envolvido com a criação de uma memecoin neste momento.
Adam Cochran, parceiro da empresa de capital de risco Cinneamhain Ventures, acusou Shkreli de “tentar jogar Barron debaixo do ônibus” em uma tentativa de limpar seu próprio nome.
Em meio a tudo isso, Roger Stone, um dos assessores próximos de Trump, negou qualquer envolvimento do ex-presidente ou de seu filho com a memecoin DJT.
Nos últimos dias, o token DJT passou a ter um alto volume de negociação, oscilando bastante e chegando a valer US$ 0,037 na última segunda-feira (17). Apesar disso, desabou 58% ontem para US$ 0,012.
Nesta quinta, o token mais uma vez mostra grande volatilidade, chegando a valer US$ 0,017 durante a manhã, mas com diversos momentos operando em torno de US$ 0,011.
Polêmico ‘Pharma Bro’
O nome de Martin Shkreli voltou à cena recentemente também por outro assunto polêmico, referente a direitos autorais. Isso porque uma juíza federal no Brooklyn ordenou que ele temporariamente parasse de reproduzir cópias do álbum único do grupo de rap nova-iorquino Wu-Tang Clan, “Once Upon a Time in Shaolin”.
A mudança ocorreu depois que os atuais proprietários do registro, o coletivo cripto PleasrDAO, entraram com uma ação contra Shkreli, antigo dono do álbum — ele comprou a única cópia existente do disco por supostamente US$ 2 milhões, no entanto o álbum veio com a condição de não poder ser explorado comercialmente até 2103.
Depois que Shkreli foi julgado e condenado por fraude de valores mobiliários em 2018, diz uma publicação do Decrypt, o Departamento de Justiça dos EUA apreendeu o álbum e mais tarde o vendeu para a PleasrDAO em 2021 por colossais US$ 4 milhões.
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