A adesão de empresas à tecnologia Blockchain na China cresce rapidamente e, com o movimento, o uso do termo ‘blockchain’ no nome de companhias teve um crescimento de 454%. De acordo com uma publicação do South China Morning Post, o momento pode ser comparado à febre ‘pontocom’ nos anos 90.
No ano passado, 16.600 empresas incluíram blockchain como parte de sua estratégia de negócios. Dessas, 555 vincularam seus nomes ao termo ‘qukualian’, a palavra chinesa para blockchain. De 1º de janeiro a 16 de julho deste ano, 3.078 empresas chinesas já fizeram o mesmo, um aumento relevante. A publicação chinesa compilou os dados compilados pelo governo disponíveis no site Qixin.com.
Segundo a jornal chinês, esses dados estão em contraste com os dos EUA, onde apenas 817 empresas registradas incluíram a palavra “blockchain” em seus nomes.
Um dos exemplos é a ‘Long Blockchain’, uma pequena marca de refrigerantes que ao mudar de nome e aderir o termo ‘blockchain’ teve um aumento de mais de 400% em sua ações. Seu nome anterior era ‘‘Long Island Iced Tea’.
No entanto, o oportunismo da Long Blockchain caiu por terra e no momento ela se encontra fora do mercado acionário da Nasdaq e relegado para o mercado de balcão (over-the-counter-OTC). Após a grande alta, suas ações caíram de US$ 9 para US$ 0,38, o que faz lembrar a ‘bolha’ dos anos 90, segundo a CCN.
A comparação à febre da internet pode ser um tanto tendenciosa, visto que após o boom de empresas e as altas negociações nas bolsas o mercado do século 20 entrou em colapso e deu lugar a um século 21 desnorteado — muitas empresas aproveitaram a moda do pontocom para atrair investidores.
Na China não foi diferente. As novas estratégias, construídas inteiramente por especulação e propaganda, tiveram uma boa exposição no mercado, mas despencaram durante a queda no mercado, superando até mesmo os preços de criptomoedas em sua taxa de declínio.
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