Descrita como uma empresa que atua no mercado de pedras e metais preciosos, a Opus Investimentos promete um verdadeiro mapa da mina para fisgar clientes: retorno de 30% de lucro em 30 dias para quem investir em esmeraldas, ouro ou diamantes. Número longe do possível para qualquer operador do mercado brasileiro.
Para ter acesso a esse “eldorado”, o investidor precisa acessar o site da Opus com um link fornecido por algum patrocinador – uma prática que, por si só, já levanta suspeitas de que o esquema seria um tipo de pirâmide financeira. Além disso, a empresa não tem autorização para operar da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), algo indispensável nesse mercado.
O site atual da Opus, contudo, não permite acesso a informações sobre seus administradores, endereço físico e canais de contato, como telefone ou e-mail. Para ir à frente na navegação é preciso efetuar esse cadastro – que é chancelado por um patrocinador [apoiador da empresa].
Uma versão anterior, de meados de abril, continha parte dessas informações, como os planos de investimento e porcentagens prometidas de retorno. No entanto, trazia apenas um endereço de e-mail como canal de contato.
Aberta em abril de 2019, de acordo com o cadastro junto à Receita Federal, a Opus tem sede na cidade de Ijuí (RS). Seu sócio-fundador é José Guilherme Baptista, apresentado por apoiadores na internet como uma pessoa de sucesso e larga experiência profissional, apta para administrar a companhia e os investimentos que recebe.
Ao aderir, o associado precisa pagar uma taxa mínima de R$ 100 que, na explicação da Opus, permite atingir um teto de investimento de até 100 vezes esse valor – no caso, de até R$ 10 mil – em pedras preciosas.
A empresa afirma aceitar tanto por transferência bancária quanto em bitcoin ou pela Urpay como formas de pagamento do suposto investimento.
Opus Investimentos sem CVM
Essa promessa de eldorado da Opus, no entanto, não possui autorização junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para atuar no mercado.
A informação foi repassada ao Portal do Bitcoin por um associado que relatou ter problemas para acessar sua conta e sacar os rendimentos do que investiu na Opus e se queixou à CVM.
Ao responder à reclamação, a comissão informou ao associado que a Opus Investimentos “não está registrada na CVM e, portanto, não pode exercer as atividades ou prestar os serviços regulamentados pela Lei nº 6.385/76, tais como análise, consultoria ou distribuição de valores mobiliários.”
Procurada, a Opus Investimentos afirmou que é “uma empresa de compra e venda que faz operações comerciais como qualquer empresa tradicional”, e que por isso não precisa de autorização da CVM.
“Existe alguma lei que impõe limite ao cidadão brasileiro de quanto e por qual valor ele pode adquirir um produto e que lhe gere lucro na venda?”, afirmou.
Questionada, a Opus também negou as acusações de que seu modelo de atuação configure pirâmide financeira. “O Brasil concede a liberdade de expressão a todos, mesmo aos desinformados e difamadores mal intencionados, infelizmente”.
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