As autoridades policiais da Nova Zelândia tiveram US$ 45 mil em bitcoin roubado por criminosos durante uma operação malsucedida que tinha como alvo operadores de serviços de lavagem de dinheiro.
De acordo com o jornal NZ Herald, o objetivo dos detetives era contratar os serviços oferecidos pelos infratores para localizá-los e prendê-los.
A quantia em bitcoin foi comprada pela própria polícia no final do ano passado para ser utilizada em uma “compra controlada” — quando oficiais tentam comprar bens ou serviços ilícitos.
A operação, no entanto, deu errado e além da polícia ter perdido US$ 45 mil em bitcoin, também não conseguiu identificar os criminosos ou o paradeiro das criptomoedas roubadas.
As autoridades não deram detalhes sobre o caso, mas o cenário mais provável é que a encomenda do serviço de lavagem de dinheiro não foi cumprida pela parte contratada que desapareceu com as criptomoedas sem deixar rastros.
De acordo com o detetive Stuart Mills do Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Nacional da Nova Zelândia, o delito era parte de “uma fraude mais ampla voltada para carteiras de bitcoin” e que os criminosos provavelmente eram do exterior.
“A polícia se comprometeu a aprender com esse incidente e a introduzir processos mais fortes para que não aconteça novamente”, disse para a publicação o detetive.
Em busca dos responsáveis
O inspetor Mills confirmou que os oficiais superiores haviam autorizado a operação de acordo com o procedimento padrão da polícia e que, num primeiro momento, não foi encontrada nenhuma conduta indevida da equipe.
No entanto, uma auditoria interna identificou que algumas lacunas processuais falharam em proteger os fundos em posse das autoridades. O detetive que era responsável pelo caso se tornou alvo de uma investigação criminal da própria polícia para apurar a sua atuação e o porquê do fracasso da operação.
Após o incidente, as autoridades também se comprometeram em revisar as políticas da polícia local e propor novas propostas que já estão sendo analisadas.