Operação desarticula grupo por trás da LBLV, que foi promovida por Ronaldinho Gaúcho

Entre os bens apreendidos está uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões
Imagem da matéria: Operação desarticula grupo por trás da LBLV, que foi promovida por Ronaldinho Gaúcho

Imagem: Divulgação

Cerca de 200 agentes públicos, entre delegados, policiais civis, policiais rodoviárias federais e promotores de Justiça, desarticularam na manhã desta quinta-feira (25) uma organização criminosa suspeita de aplicar um golpe de pirâmide financeira que envolvia falsas corretoras no valor de R$ 60 milhões.

Os acusados fazem parte das corretoras ‘VLOM’ e da ‘LBLV’, que tinha como garoto-propaganda o ex-craque da Seleção Ronaldinho Gaúcho.

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As autoridades cumpriram 12 mandados nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Bahia, Alagoas, Goiás, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Duas pessoas foram presas e dois carros de luxo, entre eles uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões, foram apreendidos durante a operação, que recebeu o nome de ‘Black Monday’.

Carros de luxo apreendidos na operação (Foto: MP-MG/Divulgação)

As investigações começaram em maio de 2020 após a denúncia de uma das vítimas do esquema.

Conforme nota divulgado à impresa, entre os anos de 2019 e 2020 os acusados, por meio dos sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil” e de duas corretoras chamadas “VLOM” e “LBLV”, engaram entre 500 a mil pessoas com falsas promessas de investimentos.

A LBLV também é proibida de operar no Brasil desde julho do ano passado, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu um stop order por captação irregular de clientes.

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As vítimas realizavam transferências bancárias para diversas pessoas jurídicas dos criminosos e os valores, em vez de devolvidos para os investidores com os juros prometidos, eram revertidos em bitcoin e em bens de alto valor. O prejuízo estimado é de R$ 60 milhões.

Fi Foto: Ministério Público de Minas Gerais

Além de pirâmide financeira, os envolvidos também são suspeitos de crimes contra as relações de consumo e lavagem de dinheiro.

Participaram da operação os Ministérios Públicos de Pernambuco e de Minas Gerais, por meio dos seus Grupos de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaecos); Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Ministério Público de Minas Gerais vai realizar entrevista coletiva às 16h de hoje para apresentar o resultado da operação.