Novo primeiro-ministro da Tailândia tem fatia em corretora de criptomoedas e promete airdrop de R$ 1.500

CEO de uma grande incorporadora, Srettha Thavisin está envolvido com diversos projetos que usam ativos digitais
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Primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin (shutterstock)

Após uma eleição bastante polêmica, Srettha Thavisin se tornou na terça-feira (22) o novo primeiro-ministro da Tailândia. E assim como Javier Milei chamou atenção recentemente na Argentina por defender as criptomoedas, Thavisin também tem uma relação bem mais próxima com moedas digitais.

Srettha, de 61 anos, ganhou uma votação no parlamento para se tornar primeiro-ministro horas depois do fundador do seu partido populista Pheu Thai, Thaksin Shinawatra, retornar ao país após 15 anos de autoexílio e ter sido levado diretamente para a prisão.

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A votação foi aprovada com o apoio de parlamentares pró-militares que bloquearam o partido progressista Move Forward, que venceu as eleições de maio.

Até pouco tempo, antes das eleições, Thavisin era CEO de uma das maiores incorporadoras da Tailândia, a Sansiri, que por sua vez há anos tem uma participação ativa no setor de ativos digitais do país.

Essa sua companhia conta com um projeto que há anos está ligado ao setor de criptoativos, mostrando que Thavisin é entusiasta da tecnologia, incluindo até uma proposta de airdrop em sua campanha eleitoral.

Novo líder pró-Bitcoin

Ainda em 2021, o agora primeiro-ministro fez com que a Sansiri adquirisse uma participação de 15% no provedor de serviços de ativos digitais XSpring, que opera uma corretora de criptomoedas em conjunto com o banco Krungthai, além de ser uma rede de ICOs licenciada, dando início a sua trajetória com as criptos.

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Um ano depois, a Sansiri lançou o “SiriHub Token” na XSpring, com uma estrutura semelhante a um REIT (Real Estate Investment Trust, um produto americano semelhante aos Fundos Imobiliários no Brasil) que paga dividendos do Sansiri Campus, um dos principais projetos da empresa.

Airdrop de US$ 1.500

Um dos pontos centrais da campanha de Thavisin foi a promessa de realizar um airdrop nacional, em que cada tailandês receberá 10.000 baht tailandês (cerca de US$ 300 ou R$ 1.500).

Esses baht seriam dados a todos os cidadãos com 16 anos ou mais e só poderiam ser gastos num raio de quatro quilômetros de sua residência, segundo afirmou um porta-voz do partido do primeiro-minisrto ao jornal local Bangkok Post.

O airdrop deverá usar um tipo de token nacional, uma stablecoin atrelada ao baht, não um ativo digital ou criptomoeda já existente. Porém, em 2021, o Banco Central Tailandês declarou que uma stablecoin do baht é ilegal.

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O problema é o alto custo da realização de algo do tipo, o que levou a críticas por parte da população. o custo estimado do projeto é de 500 bilhões de baht (cerca de US$ 14,3 bilhões).

Além disso, haveria uma questão envolvendo o uso da tecnologia blockchain, já que já existem iniciativas de bancos digitais sendo utilizadas no país.

“Embora eu queira ver uma adoção aqui, usar blockchain e tokens para esta campanha é um exagero”, disse Udomsak Rakwongwan, cofundador da plataforma FWX.finance ao site CoinDesk. “A maioria dos tailandeses já está usando Paotang, uma carteira bancária digital feita sob medida para iniciativas governamentais. Isso pode ser mais simples e fácil de implementar em comparação com uma blockchain potencialmente mais complexa”.