O marketing tentou, mas a Foxbit não acompanhou. Fazendo suspense e instigando a curiosidade dos clientes, a empresa anunciava a atualização e fazia contagem regressiva para o dia 3 julho, data do suposto retorno da plataforma.
Uma semana após entrar em manutenção programada, a bolsa brasileira de bitcoins volta a decepcionar e ainda não está 100% operacional. O site está no ar, com visual repaginado. A plataforma, contudo, teve problemas. Deveria ter voltado no dia 3, mas ainda neste sábado está com problemas.
Segundo relato de usuários, poucos começaram a conseguir conectar embora a empresa afirmasse que a plataforma já estava em operação. Na sexta (06), porém, a grande maioria dos usuários não consegue realizar traders, dado que pode ser comprovado pelo baixo número de negociações na bolsa.
A exchange, inclusive, após inúmeras reclamações e notas baixas, retirou as avaliações da sua página do facebook.
Voltou ou não voltou?
No blog da empresa, em um post feito no dia 5 de julho, foi comunicado que a plataforma já estava restabelecida.
Gostaríamos de comunicar que a nossa plataforma está restabelecida, após um período de instabilidade e intermitência. Ainda estamos em processo para a migração da totalidade dos nossos clientes.
A recomendação é que o usuário clique em acessar, preencha o login e clique em ”recuperação de senha”. Porém, ao fazer isso, o retorno é: ”Ocorreu um erro. Por favor, tente novamente mais tarde.” A Foxbit recomenda contactar o suporte dela em caso de problemas.
Nova plataforma
A principal diferença é que a Blinktrade, responsável pelo antigo sistema, não foi a responsável pelo projeto. Conforme apurou o Portal do Bitcoin, o desenvolvimento ficou a cargo de uma empresa chamada Alpha Point, uma empresa baseada nos Estados Unidos. No Brasil, a FlowBTC e a Coinext também operam com essa plataforma. A Foxbit, contudo, não confirmou a informação sobre o sistema terceirizada.
Não se sabe quais os termos da separação já que todos os envolvidos assinaram contratos de NDA — um tipo de acordo no qual as partes estão proibidas de falar sobre o assunto. No site da Blinktrade, contudo, a Foxbit deixou de aparecer e deu lugar à Bitcambio. Ou seja: de fornecedora a empresa de Rodrigo de Souza passou a ser concorrente. Procurado, Souza não quis comentar o assunto.
Fontes do Portal do Bitcoin afirmaram que as conversas sobre a separação já eram antigas. A Foxbit já vinha ensaiando desde o início do ano passado a criação de uma plataforma própria — a Foxfast, que segundo informações da assessoria, continua sendo desenvolvida internamente.
Ao que tudo indica, a nova plataforma não contará com novas criptomoedas. Continuará apenas com o par BTC/BRL. Talvez, no futuro, conforme falado algumas vezes por membros da equipe, novas criptomoedas serão adicionadas.
A boa novidade é que, de acordo com uma publicação no blog da empresa, a Foxbit contará com algumas ferramentas muito solicitadas pelo mercado brasileiro, que são: A possibilidade de efetuar ordens de Market, Limit e Stop.
A empresa também anunciou um período promocional com taxas de 50% de desconto válido até o dia 2 de agosto de 2018.
Velhos problemas
Desde meados de 2017, a Foxbit passa por diversos problemas, tendo sido a exchange brasileira que mais ficou fora do ar e teve instabilidades. Ainda assim, até mês passado, continuava dominando o mercado.
Em março de 2018, um problema de saques duplicados resultou em duas semanas de plataforma offline. Um mês depois, em abril, um programador relatou um erro na plataforma deles que pode ter comprometido mais de 58 bitcoins de clientes.
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