Imagem da matéria: "Não vou mais seguir com a Blaze", diz influencer Peter Jordan após pressão de seguidores
Peter Jordan afirma que fez checagens sobre Blaze e não viu problemas (Foto: Reprodução/YouTube)

Após as polêmicas envolvendo o cassino online Blaze virarem um grande debate nas redes sociais, alguns influencers começam a voltar atrás na prática de fazer propaganda da empresa. O Portal do Bitcoin publicou reportagem feita em parceria com a rede global de jornalistas que investigam crimes transnacionais OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project) mostrando que a Blaze acumula processos na Justiça acusada de roubar clientes.

Um exemplo dessa tendência é o influencer e empresário Peter Jordan, que tem 13 milhões de inscritos em seu canal Ei Nerd no YouTube: ele anunciou na quinta-feira (1) no Twitter que irá fazer as propagandas restantes que estão acordadas no contrato com a Blaze, mas que depois não irá renovar o acordo. 

Publicidade

“Sempre checamos histórico de novos patrocinadores antes de assinarmos qualquer coisa. E fizemos isso com a Blaze. Entendemos que a Blaze é como qualquer app de apostas. Com grandes marcas e influenciadores fechando parceria, entendemos que poderíamos seguir e seguimos”, disse Jordan. 

Segundo o youtuber, de 180 vídeos no mês, eram feitos anúncios da Blaze em seis, com durações de 30 segundos a 1 minuto. Ele afirma ter deixado claros que não usaria links e nem faria lives.

Porém, a pressão parece ser grande. “Depois de tantas mensagens e respeitando quem me segue, não quero mais seguir. Atualmente tenho um contrato para cumprir por um período bem curto, depois disso, não irei continuar”. 

Não é a primeira vez que Peter Jordan se arrepende de uma propaganda. Em janeiro de 2022, apagou um vídeo no qual divulgava um suposto jogo de criptomoedas chamado CryptoCity, conforme mostra reportagem do portal Livecoins

Publicidade

O jogo havia sido apontado como um esquema de “rug pull” por muitos no setor. Jordan publicou um vídeo no seu canal Nerds Negócios no qual afirmou: “Já imaginou tirar livre por mês quase 3 mil reais? Seria ótimo, ainda mais na situação atual. E se eu te disser que isso é possível e que tem muita gente fazendo 3, 4, até 30 mil REAIS apenas com jogos NFT, não acredita? Então fica mais um pouquinho aqui que você vai entender!”.

“Não sei a origem do dinheiro”, diz Core

Outro influencer que já voltou atrás e parou de fazer propagandas da Blaze é Henrique Marangon, conhecido nas redes como Core. Seu canal no YouTube tem 2,3 milhões de inscritos.

Maragon afirma não saber a origem do dinheiro com que era pago: “Não é algo direto e eu não sei da fonte de dinheiro, eu acredito que seja da agência, e eu declaro esse dinheiro pra Receita Federal”.

O youtuber diz não saber quem é o dono da Blaze e quem não ganha com perdas de clientes na plataforma.

Publicidade

“Se tem algo a mais, peço que os órgãos competentes investiguem a sério. E diante disso, eu tomarei as decisões necessarias e juridicas com isso (sair)”, finalizou.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Brasileiros negociam recorde de R$ 10 bilhões em contratos futuros de Bitcoin na B3

Brasileiros negociam recorde de R$ 10 bilhões em contratos futuros de Bitcoin na B3

A alta do dólar gerada pela eleição de Trump impulsionou os traders a negociarem 232 mil contratos de Bitccoin
martelo de juiz com logo da binance no fundo

Binance recupera R$ 430 milhões em disputa de dois anos com Capitual

O dinheiro foi resgatado em etapas após o STJ rejeitar um recurso da fintech no final de junho
Rodrigo dos Reis, RR Consultoria

Quem é Rodrigo dos Reis, “Coach de Bitcoin” que usava religião para enganar pessoas 

Uma das vítimas da RR Consultoria descreveu Rodrigo como um “especialista em enganar”; ele usava religião para atrair investidores para seu golpe cripto