Monero dispara 30% após governo dos EUA divulgar plano para tributar as criptomoedas

Ativo é conhecido por ser focado em privacidade e irrastreável
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Foto: Shuterstock

A criptomoeda focada em privacidade Monero (XMR) teve uma alta de 30% nas últimas 24 horas e está cotada a nesta manhã de sexta-feira (21) a US$ 329. A alta começou após o anúncio dos planos do governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para aumentar a fiscalização sobre os ativos digitais.

Agora a monero é negociada a cerca de 40% abaixo do seu recorde de preço alcançado no início do mês, segundo o CoinMarketCap. O ativo ainda acumula uma perda semanal de 26% já que também foi atingido com força pela correção do mercado na quarta-feira.

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Na quinta-feira, o Tesouro dos EUA anunciou que todas as transações de criptomoedas que superem US$ 10 mil deverão ser informadas à Receita Federal do país (IRS).

Ao trazer para as empresas de criptomoedas as obrigações que já existem para os bancos tradicionais, o governo dos Estados Unidos tenta prevenir a lavagem de dinheiro e detectar a evasão fiscal dos investidores do setor.

A norma entra em vigor só em 2023 mas o seu efeito no mercado foi imediato. O bitcoin caiu 6,5% assim que a notícia veio à tona. Por outro lado, a monero decolou e conquista agora o topo entre as criptomoedas que mais valorizam nas últimas 24 horas.

Por ser uma moeda de privacidade, ou seja, não é possível rastrear na blockchain a identidade daqueles que a transacionam, a monero se tornou uma espécie de porto seguro para os evasões fiscais. 

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Como o governo não consegue rastrear as transações, ele também não consegue tributá-las à força. Recentemente, a Receita Federal dos EUA obrigou empresas como a Kraken e a Circle a revelar nomes de todos clientes que movimentaram mais de US$ 20 mil em criptomoedas para cobrar os devidos impostos.

EUA vs Monero

Por não ser rastreável, a monero se tornou um inimigo dos reguladores norte-americanos. No ano passado, eles ofereceram uma recompensa de US$ 625 mil para quem conseguisse romper a privacidade da criptomoeda. 

Naquela época, as empresas Chainalysis e Integra FEC fecharam a parceria com o governo e, desde então, se dedicam para tentar crackear o ativo.

Enquanto isso, a companhia Ciphertrace afirma que já descobriu como rastrear as transações do criptoativo, chegando até mesmo a patentear a tecnologia, conforme mostrou o Decrypt