Ministério Público de SP instaura inquérito para investigar empresa Meu Pé de Bitcoin

Empresa que oferecia rendimentos de 3% ao mês deixou de pagar clientes
Imagem da matéria: Ministério Público de SP instaura inquérito para investigar empresa Meu Pé de Bitcoin

Foto: Divulgação

A Promotoria de Justiça do Consumidor do MPSP (Ministério Público de São Paulo) instaurou no dia 11 de novembro um inquérito civil para investigar a atuação da Meu Pé de Bitcoin.

A empresa, sediada em Caruaru (PE), diz vender criptomoedas e oferece supostos rendimentos de 3% ao mês aos investidores, segundo reclamações no Reclame Aqui. Desde agosto, no entanto, os supostos pagamentos não são feitos.

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O inquérito civil é um procedimento administrativo instaurado para apurar possíveis irregularidades. Se no curso da investigação algo for descoberto, o MPSP processa a empresa e abre uma ação civil pública.

“Não entre nessa furada”

No Reclame Aqui, pelo menos 12 investidores publicaram comentários sobre a Meu Pé de Bitcoin. Um deles afirmou, por exemplo, que comprou R$ 300 em bitcoin com a promessa de receber juros de 3% ao mês. Disse também que a empresa prometeu vender a criptomoeda em 24 horas, caso houvesse o pedido.

“Passaram-se três meses e nenhuma das promessas foram cumpridas! Não entrou a porcentagem prometida pela empresa, tão pouco eu consegui vender o transferir meus bitcoins para outra exchange”.

Outro investidor fez um alerta:


“Aqui será feita MAIS UMA DE VÁRIAS reclamações dessa ’empresa’ sempre com as mesmas características de uma empresa que aplica [Editado pelo Reclame Aqui] e esquemas de pirâmides. POR FAVOR NÃO ENTRE NESSA FURADA. Você será mais uma pessoa que não consiguirá sacar seu dinheiro em algum momento….”

Sobre a Meu Pé de Bitcoin

A Meu Pé de Bitcoin, com sede em Caruaru, afirma em sua página no Linkedin que atua há mais de três anos no mercado de criptomoedas. Informa ainda que tem mais de 200 funcionários e tem como missão “levar o conhecimento do universo cripto de forma simples, rápida e segura para todos”. No perfil, os supostos funcionários são chamados de “potencializadores”.

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A reportagem do Portal do Bitcoin ligou para o número da Meu Pé de Bitcoin disponibilizado em sua página do Facebook, mas ninguém atendeu. Se a empresa enviar algum comentário, esta matéria será atualizada.