Minerador da era Satoshi move R$ 78 milhões em Bitcoin após uma década de inatividade

Transferência coincide com o que o CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, afirmou ser uma fase de acumulação para o Bitcoin após sua queda
miniaturas de pessoas minerando bitcoin em meio a pedras e folhagens

(Foto: Shutterstock)

Um minerador de Bitcoin que estava inativo há mais de uma década transferiu 250 BTC, no valor aproximado de US$ 13,95 milhões (R$ 78,49 milhões), para cinco novas carteiras nesta quarta-feira (7), segundo dados on-chain.

Começando em 2010, a carteira acumulou meticulosamente 250 BTC através da mineração, um processo que na época era significativamente menos competitivo e intensivo em energia em comparação com os padrões atuais.

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A mineração de Bitcoin nos seus primeiros dias era uma empreitada pioneira, com um punhado de entusiastas utilizando hardware modesto para validar transações e ganhar novas moedas como recompensa.

A evolução da mineração do Bitcoin

A mineração de Bitcoin entre 2010 e 2015 era muito diferente do ambiente atual. Nos primeiros dias, a mineração podia ser feita usando computadores pessoais com hardware básico de CPU e GPU, e a dificuldade da rede era significativamente menor.

Esse período foi dominado pelos primeiros adotantes do Bitcoin, que mineravam a criptomoeda quando ainda era relativamente desconhecida e facilmente acessível.

À medida que o Bitcoin ganhava popularidade, a dificuldade da mineração aumentava. Isso levou ao desenvolvimento de hardware especializado para mineração (ASICs) e à formação de grandes pools de mineração. Pools de mineração são formados quando mineradores de Bitcoin reúnem seus recursos de hardware para aumentar suas chances de obter um bloco para validação.

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A decisão do minerador da era Satoshi época em que o criador do Bitcoin estava ativo de permanecer parado por mais de uma década é igualmente intrigante.

Vários fatores podem explicar essa longa inatividade. Os primeiros adotantes do Bitcoin frequentemente eram movidos por uma forte crença no potencial de longo prazo da tecnologia, e manter suas moedas durante períodos de volatilidade do mercado era uma estratégia comum.

Além disso, os desafios técnicos de armazenar e acessar o Bitcoin de forma segura nos primeiros dias podem ter desmotivado alguns detentores a realizarem transações frequentes.

Uma análise dos dados da blockchain do minerador mostra que sua recompensa inicial de mineração de 250 BTC valia US$ 28.080 quando minerada em maio de 2013. Mas desde então, disparou para impressionantes US$ 14.022.065 na data da transferência.

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Isso representa um lucro de mais de US$ 13,9 milhões. A transferência coincide com o que o fundador e CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, afirmou ser uma fase de acumulação para a criptomoeda mais antiga e maior do mundo após sua queda de segunda-feira.

Ele observou no X que 404.448 BTC foram transferidos para endereços de detentores permanentes nos últimos 30 dias. Esse influxo de moedas para carteiras de armazenamento a frio sugere uma convicção crescente entre os investidores no papel do Bitcoin como reserva de valor.

“É claramente uma acumulação”, escreveu ele. “Saberemos dentro de um ano.”

Os comentários de Young Ju sugerem que o movimento dessas moedas mineradas cedo pode ser parte de uma tendência maior de acumulação de Bitcoin. A transferência de mais de 400.000 BTC para endereços de longo prazo indica um sentimento otimista entre os principais participantes do mercado.

*Traduzido com autorização do Decrypt.