A empresa de software MicroStrategy anunciou nesta terça-feira (24) que comprou mais de 3.907 bitcoins por US$ 177 milhões em dinheiro, entre julho e agosto. Cada token foi adquirido por um preço médio de US$ 45.294, incluindo taxas e despesas — um valor inferior à cotação de hoje da moeda de US$ 48.600.
Desse modo, os novos ativos adicionados ao tesouro da companhia de Michael Saylor já estão rendendo um lucro de US$ 12,8 milhões. A partir da nova compra, a MicroStretegy passa a acumular 108.992 BTC em caixa, o equivalente a US$ 5,2 bilhões (mais de R$ 27 bilhões).
Graças a valorização do BTC e as compras recorrentes que a MicroStrategy realiza, a sua reserva de bitcoin praticamente dobrou de valor equivalente a dólar, uma vez as moedas tiveram um custo agregado de US$ 2,9 bilhões — sendo US$ 26,7 mil por unidade.
De acordo com o comunicado enviado à SEC, o investimento foi possível através da venda de 238.053 ações ordinárias classe A da ATM Facility, que geraram uma receita líquida de aproximadamente US$ 177,5 milhões.
As compras da MicroStrategy
A estratégia de Michael Saylor, um dos maiores evangelistas do bitcoin, é adquirir a criptomoeda de forma recorrente através da sua empresa, independente se o mercado está em alta ou em um momento de correção.
A MicroStrategy, entretanto, não anunciava uma nova compra de BTC desde junho, período em que o ativo bateu a pior cotação desde o final de janeiro de US$ 29.300. Naquela época, a empresa chegou a vender US$ 500 milhões em títulos de dívida com o intuito principal de arrecadar dinheiro para comprar mais bitcoin.
Atualmente a MicroStrategy é a companhia que possui a maior reserva de bitcoin do mundo, acompanhada por Tesla (US$ 1,5 bilhão em BTC), Square (US$ 220 milhões) e Marathon (US$ 150 milhões), segundo dados do The Block Research.